HAJA PAZ NA TERRA A COMEÇAR EM MIM!
No contexto da metamorfose civilizatória contemporânea o ser humano experimenta uma sensação de medo em que a violência esbugalha os olhos e amedronta a todos. Acaso se poderá dizer que o fenômeno da violência e do medo seja uma situação presente nesta sociedade? Se a afirmação for positiva é importante se perguntar quais as razões levaram Hegel afirmar que a história é “um imenso matadouro”.
Ao longo da história não faltam exemplos e situações nas quais a paz esteve ameaçada e o futuro da sociedade comprometido. Lembremos apenas dos horrores da segunda guerra, o atentado de 11 de setembro e a guerra no Iraque. Não sem razão, depois do triste episódio do holocausto a ONU passou a se preocupar com o que se chama “Ciência da Paz”, cuja raiz grega “ειρήνη = eirene”, aponta para a noção de paz na sua positividade.
É neste sentido que parece importante falar deste tema à luz de um dos maiores desejos humanos: Viver em concórdia! O que significa muito além da preocupação com a violência e o medo trabalhar por uma paz compartilhada onde prevaleça a sensação de paz que se concretiza pela força dela mesma e não pela força da guerra.
A paz é neste caso um ordenamento que privilegia o diálogo justo responsável pelo bem estar e por relações construídas com harmonia e coletivamente. Neste sentido há que se considerar ações de terrorismo como inaceitáveis, todavia, responder a elas com o poder da violência está igualmente longe do que se pode chamar de cultura da paz.
Eis que se torna importante a partir desta perspectiva compreender que a paz é um projeto a ser construído com a coragem do beija flor e persistência do jovem que jogava as estrelas marinhas de volta ao mar:
“Um poeta foi para sua casa de praia buscar inspiração para escrever um novo livro. Seu hábito era passear pela areia toda manhã e a tarde escrevia. Numa dessas caminhadas visualizou ao longe, um jovem que se abaixava, apanhava alguma coisa na areia e a arremessava ao mar. No dia seguinte, em seu passeio, observou novamente o poeta o jovem a repetir a mesma cena da manhã anterior. Abaixava-se, apanhava algo na areia e arremessava ao mar. Na terceira manhã, ante a repetição das mesmas cenas, o poeta, intrigado, achegou-se ao jovem e perguntou: - O que fazes meu jovem? - Estou jogando essas estrelas-do-mar de volta ao oceano para elas não morrerem na praia - respondeu o jovem. - Mas porque você faz isso se milhões de estrelas-do-mar estão morrendo nas areias nesse momento e não vai fazer nenhuma diferença você salvar uma, duas ou três delas? Ao que o jovem respondeu: - Para essas duas ou três faz muita diferença. A partir desse dia, toda manhã é possível ver numa praia qualquer um jovem e um poeta arremessando estrelas de volta ao mar.
“A Paz começa em mim!”
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