Dom Helder Câmara, Arcebispo de Olinda e Recife, cuja vida é cantanda e decantada em mil cantos e encantos, certamente pode inspirar todo e qualquer discurso sobre a Paz. Não sem razão, uma das obras mais significatvas sobre a vida deste "Cidadão Calado" se intitula: "Dom Helder o Profeta da Paz". Toda a trajetória deste Cearense, que viveu no Rio e terminou sua vida em Pernambuco, foi marcada por uma causa que não pode ser olvidada sob pena que se perca uma das páginas mais bonitas da história deste país.
Helder Pessoa Câmara, simplesmente conhecido como Dom Helder, pode ser descrito como o profeta da Paz e sua imagem serve para toda e qualquer reflexão sobre o tema. Um motivo se sobressai entre os muitos que se pode citar. Dom Helder fez o que se compreende na raiz Grega da palavra: "Eirene", ou seja "Ciência da Paz".
Sua vida e suas ações nunca foram marcadas pela guerra, pelo confronto, nunca dirigiu nenhum exército, nem tampouco ocupou cargos de grande importância na Igreja ou no Estado. Sua ação silenciosa lhe rendeu os títulos de "santo rebelde" aplicado para o contexto eclesiástico e "bispo vermelho" que lhe foi atribuído pela Ditadura Militar.
Sua ação consistia em perguntar porque as coisas aconteciam e certa feita ele mesmo declarou: "Quando dou de comer aos pobres me chamam de Santo, quando pergunto pelas causas da pobreza me chamam de comunista".
Ontem como hoje a preocupação de Dom Helder continua sendo um desafio para os cidadãos e para os governos. Longe de querer a paz com aparato militar e com o aparelhamento das polícias se faz muito mais necessário diminuir a distância entre pobres e ricos, promover educação de qualidade, inclusão social, e sem fazer apologia a quem quer que seja, "acabar com a miséria".
Tudo isso é o que se pode qualificar com as Palavras do Profeta Isaias: "A paz é fruto da Justiça".
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