“Justiça concede prisão domiciliar a morador de rua.”
A noticia publicada nos grandes meios de comunicação nesta semana é no mínimo paradoxal. A lei pela lei, a ordem pela ordem, a pena pela pena, a regra pela regra, a norma pela norma, e assim por diante.
A reação normal de quem lê uma manchete desta natureza é no mínimo de espanto ou como diz o axioma popular “rir para não chorar”. Entretanto, nos relacionamentos cotidianos, no ambiente de trabalho e bastante vezes nas relações familiares o comportamento humano em muito se assemelha ao ridículo da epígrafe noticiada.
Ninguém duvida que as instituições precisam de hierarquia, de normas, de regras, de princípios de conduta, pois sem estas ficaria impossível o convívio em sociedade e o bom andamento dos relacionamentos humanos.
Convido você caro leitor e fazer uma análise de alguns episódios no seu círculo de relacionamentos. Certamente já presenciou ou foi protagonista de cenas com características como: “Isso é muito bom, mas não pode fazer porque o superior hierárquico não permite”; “A sua ideia é interessante, mas não está prevista no código de normas da nossa instituição”; “A regra “X” não pode ser mudada porque já foi decidida há muito tempo na nossa empresa”; “Isto não pode ser feito, afinal de contas tudo já está previamente estabelecido e construído ao longo do tempo”.
No contexto da metamorfose civilizatória, inspirados pela chamada “Primavera Árabe”, diante da crise do chamado “Governo dos irmãos Castro”, impulsionados pela era das novas tecnologias de informação e comunicação, parece importante compreender que ultrapassar a estreita compreensão da lei implica em reconhecer o ser humano na sua dignidade e totalidade. A isto se denomina Espiritualidade, Mística, Paixão, Valorização da vida, Sustentabilidade, o que escreve Gil Giraldelli: “não use velhos mapas para descobrir novas terras em 2012”.
Episódios desta natureza não foram estranhos na vida de Jesus, em cuja figura, os cristãos podem se inspirar. Há um texto belíssimo no Evangelho de Marcos, no qual um Leproso se aproxima de Jesus, atitude absolutamente proibida por todas as leis, normas e costumes. E Jesus, rompe com tudo o que sempre se havia feito na sociedade desde os tempos de Moisés (quase mil anos), “Jesus, cheio de compaixão, estendeu a mão, tocou nele, e disse: 'Eu quero: fica curado!”.Para melhor compreender a reflexão, que imagino ter provocado, parece sugestiva a leitura de Marcos capítulo 1, versículos 40 a 45, bem como o texto a seguir:
Uma nova educação: estudantes e professores
Somos, e seremos, educadores e estudantes durante toda a vida. Alguém discorda?
Revista Você S/A - por Gil Giardelli*
A educação também se prepara para uma revolução. Escrevo de Madri, na Espanha, onde participo de um encontro mundial de educadores conectados pelas redes sociais, que anualmente se reúnem em algum lugar do mundo para entender o ensino do século 21. Somos, e seremos, educadores e estudantes durante toda a vida. O modelo educacional secular, no qual um fala e outros escutam, esgotou-se. No mundo conectado há três tipos de aluno. Aquele que em silêncio presta atenção em tudo. Um que pre¬cisa conversar e pesquisar em rede. O terceiro precisa ver, sentir e tocar para aprender.
O espaço físico e as aulas cronometradas não fazem mais sentido. Frequentar uma escola é importante para compartilhar os valores da sociedade, o coletivismo e o trabalho em rede. Três conceitos fundamentais para você crescer na carreira. Em Madri, confirmei que o professor não é mais o dono do conhecimento, e sim o maestro do aprendizado em rede. Em um mundo atolado de infor¬mação, o professor cada dia mais terá o papel de curador da sabedoria das multidões. Dois fatos para compartilhar: estudos do Laboratório do Futuro Britânico indicam que teremos no mínimo três profissões em nossa jornada planetária. O governo brasileiro já faz estudos sobre o impacto na Previdência causado por uma possível expectativa de vida de 120 anos.
Então, amigo leitor, sim, teremos de estudar durante toda a vida. Em uma época, você será um administrador, depois um professor, um em¬preendedor, um artista, um vinicultor. Não é fantástico? Prepare-se para essa realidade. Como? Corra e volte a estudar. Ao planejar seu aprendizado em 2012, mude sua postura na sala de aula, simultaneamente um contestador, um pesquisador e um educador.
Ficar sentado, esperando receber o conhecimento do professor, é um comportamento do século passado. Estude pelo prazer - se for fazê-lo por obrigação ou apenas para conseguir uma promoção, melhor nem começar. Será pior para você. Mas faça mais: frequente grupos de estudos que se organizam na internet e realizam encontros presenciais mensais, participe de trabalhos voluntários, de saraus de poesia. A escola pode ajudá-lo, mas você é o único que pode se preparar para um mundo no qual as profissões mudam radicalmente a cada cinco anos. Neste mundo, em que a simples troca de informação é um motor de grandes mudanças, seu diploma tem prazo de validade curto. Mantenha a calma e vá em frente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado por sua participação.