quinta-feira, 21 de março de 2013

REFLEXÃO NA FORMATURA DE ODONTO - UFPR 2013

VAI E TAMBÉM TÚ FAÇA A MESMA COISA (Lucas 10, 37).

Cumprimentos: Na Pessoa do Professor e Pastor Afonso Miguel – cumprimento os irmãos das distintas Igrejas e os professores presentes nesta celebração;
Saudando o Alcindo  a Clarice pais da Marta, o Luiz Antônio a Bruna e o Wagner,  irmão cunhada e namorado, cumprimento os pais, irmãos, namorados, esposos de todos os formandos;
Saudando o João Astesio, cumprimento todos os amigos que partilham esta ação de graças;
Com um beijo no coração, saúdo a aluna Marta, minha sobrinha querida, que me deu o privilégio de acompanhar todos os momentos da sua vida. E na pessoa dela estendo meu afeto a todos os formandos.
Começo minha reflexão com uma história que muitos de vocês já conhecem, alguns já me ouviram contá-la.
Conta-se que certo jovem no auge das suas procuras batia em todas as portas à procura da felicidade. Certa ocasião foi informado que numa cidade distante da sua vivia um velho sábio que distribuía receitas de felicidade... (continuar a história)
Caros formandos, vocês estão hoje diante de Deus, ao mesmo tempo em que agradecem estão aqui confiantes que só Ele pode lhes dar a “receita de felicidade” e neste caso ela é muito simples e aparece numa frase da sagrada escritura no primeiro texto que foi lido nesta noite: “Dá-me Senhor a sabedoria que está junto de ti, pois ela sabe tudo e compreende tudo e irá guiar-me sabiamente nos trabalhos...”
A sabedoria que está em Deus e que Ele partilhou com a humanidade se concretizou na pessoa de Jesus, seu Filho enviado ao mundo. No episódio narrado no evangelho Jesus mostra a sabedoria de Deus. Não entra na disputa ideológica com os fariseus e doutores da lei, mas os conduz ao coração da lei de Moisés. “Amar ao Senhor, seu Deus, com todo o seu coração, com toda a sua alma, com toda a sua força e com toda a sua mente; e ao seu próximo como a si mesmo", aí está a novidade do amor cristão.
Narrando o episódio da pessoa que caiu à beira do caminho, Jesus ajuda a perceber os marginalizados e excluídos do convívio social.  Faz perceber a cegueira dos que passam “Enxergam, mas não querem ver” o que ali está acontecendo, vão adiante com sua indiferença, fechados nos seu individualismo, ou se poderia dizer de um modo jocoso: “cada um no seu quadrado”.
Eis que aparece um Samaritano, condição de pessoa que para os Judeus era considerado  impuro, pecador, não merecedor de confiança. E este toma outra atitude. Acolhe, cuida se preocupa. A atitude deste homem pode ser interpretada como sabedoria de Deus. Quem senão Deus veio e vem ao nosso encontro. Quem senão Ele nos socorre quando o limite das nossas forças já não é mais capaz de suportar?...
E finalmente Jesus termina com um imperativo, modificando completamente o conceito de irmandade e de responsabilidade social defendido pelos judeus. Ou seja, não basta aceitar alguns como irmãos, é necessário ir ao encontro daqueles que facilmente a sociedade  deixa passar despercebido. Disse Jesus: Quem foi o próximo daquele que caiu nas mãos dos assaltantes? Os doutores da lei não tiveram  alternativa se não afirmar: “Aquele que usou de misericórdia para com ele”.  E finalmente Jesus conclui: “Vai tu e faze a mesma coisa”.
Como últimas palavras deixe-me insistir caros formandos. A receita da felicidade está precisamente em ir ao encontro daquele que precisa de nossa ajuda, que precisa de nossa misericórdia.
Se pudesse lhes dar um conselho para a vida lhes diria: Tenham sempre, nas suas ocupações cotidianas o cuidado de dedicar algum tempo para o serviço generoso e voluntário. Seja no serviço público de assistência social, numa ONG, numa Igreja, num clube de serviço, na sua carteira de clientes inclua uma pessoa cuja vida precisa ganhar dignidade. Faça isso e experimente como a “Sabedoria que mora em Deus estará com você todos os dias”.
Louvado Seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

segunda-feira, 18 de março de 2013

CULTURA PARA OS TERCEIROS ANOS - MARÇO 2013





VOCABULÁRIO CABOCLO

Abeia: Abelha
Achemo: Achar
Alembra: Lembrar
Apinchar: Jogar
Bobage: Bobagem
Bota: Colocar
Canhoto: Onça
Capuera: Capoeira
Carniá: Carneação
Coitelo: Beija flor
Canaiedo de milho: Pé, cana de milho
Carrero: Caminho
Comecemo: Começar
Comida Grossera: Comida simples
Carguero: Cargueiro
Correição: Correção de formigas
Cumpadre: Compadre
Debuiá: Debulhar
Descampasse: Derrubar
Despois: Depois
Diarada: Vários dias
Egiste: Existe
Estaqueado: Espichado
Famia: família
Fumacerão: Fumaça
Fumo: Fomos
Galinha Inchada: Galinha Recheada
Grosso Loco: Ignorante
Home: Homem
Maderama: Madeira
Mesma: Mesma
Mio: Milho
Moage: Moagem
Moiado: Molhado
Nóis: Nós
Paper: Papel
Papiar: Conversar
Puxirão: Mutirão
Oía: Olhar
Rancho: Casa
Roçá: Roçar
Tampaje: Portão de cerca
Tarimba: Prateleira
Tocaio: Xará
Trabaiava: Trabalhar
Veia: Velha, esposa
Veiz: Vez
Viagem: Viagem
Vorta e meia: De vez em quando

 



CASA DE CHÃO BATIDO
Na medida em que se fala de cultura sob o ponto de vista da sociologia pensamos na relação entre as diversas formas de vida e na ação do ser humano com a natureza e com os demais seres vivos.  Fazendo a diferenciação de cultura em três formas de manifestação dizemos que ela pode ser classificada como:
1         Cultura como valor;
2         Cultura alma coletiva;
3         Cultura mercadoria.
A primeira forma de compreender a cultura se constitui pelos costumes, tradições e produções que passam de geração em geração. Neste sentido estão as pinturas, esculturas, utensílios domésticos, alimentação, religiosidade, festas, vocabulário.
Na visita que as turmas dos terceiros anos farão ao Museu do Vinho durante o período de exposição do projeto “Casa de chão batido”, os alunos serão desafiados e perceber os elementos mencionados acima e produzir um texto sobre a visita.
No mesmo roteiro está incluída a visita a Igreja Matriz de Videira, local onde poderão observar as pinturas e perceber que se trata de um patrimônio cultural retratando o divino a serviço do humano.
O grupo fará ainda um estudo sobre a arte do “esgrafiado” presente no muro da estação no centro de Videira.
Finalmente passando pelo Shopping Videira veremos a questão da cultura como mercadoria e consumo.
Atividade para ser realizada em sala de aula: Reescrever o texto a seguir com palavras e pontuação de acordo com as novas regras ortográficas utilizando  o vocabulário clássico:


VIAGE PELA CIDADE
Vorta e meia a famia CEPAR despois de uma diarada de escola dexa o paper de lado e sai como correição papiando pelos carrero da capuera vai descompassando o canaiedo de mio. A gurisada vai prosiando como um bando de coitelo. Os cumpadre nem se alembra que egiste abeia, canhoto, carguero. Oiando pras tarimba do rancho se alembra das galinha inchada, do mio e da moage pra debuia. Papiando animado levanta um fumacerão na viage e de vorta entra pelo tampaje da escola, apincha o carguero de livro e se serve de uma comida grossera. A fiarada sabe que nois achemo os home e as veia trabaiando  como grosso loco num puxirão pra ajuda os cumpadre descampa a capuera pra carnia o bezzero e estaquia o coro adonde termina ponhando a maderama do rancho.