terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

PRIMEIRO BIMESTRE 2014

I - ORIGEM HISTÓRICA DA FILOSOFIA E SUAS FINALIDADES
A palavra FILOSOFIA tem origem nas expressões gregas  PHILOS ou PHILIA que significa amor ou amizade e SOPHIA que significa sabedoria. Deste modo se diz que Filosofia é  atitude daquele(a) que tem amor ou amizade pelo saber.
A palavra, compreendida deste modo surgiu na Grécia mais ou menos 600 A.C e quem primeiro a utilizou foram Tales de Mileto e Pitágoras.  Diz-se por isso que a Grécia foi o berço da filosofia. Desde sua origem a filosofia se preocupou com o estudo das mais profundas preocupações humanas.
Os primeiros pensadores que receberam o título de filósofos foram Tales, Pitágoras, Heráclito, Xenofontes, eles concentravam suas preocupações procurando respostas racionais para as questões da realidade humana.
Tales de Mileto é considerado o primeiro filósofo. Sua preocupação principal esteve voltada para explicar a origem do mundo. Para ele, existe um elemento primeiro, que deu origem a todas as coisas e este elemento é a água.
O elemento água está presente em todos os lugares, dizia ele, encontra-se água ao furar o solo, ao cotar uma árvore, dentro das rochas, das nascentes dos rios. Ora, se a água está em tudo é porque ela forma tudo.  Esta maneira de explicar o mundo substituiu a compreensão mitológica dada agora e atribuída às divindades. Estas respostas foram dadas pelo uso da razão.
Mesmo diante desta situação, Tales nunca se considerou filósofo, pelo contrário esta palavra só apareceu bastante mais tarde com Pitágoras que se chamou “amigo da sabedoria”.
O contrário do que normalmente acontecia até este período em que quase todas as coisas eram explicadas com a ajuda de divindades, esses pensadores buscaram respostas no uso da razão e para isso desenvolveram também uma fundamentação baseada nos valores morais da sociedade.
A principal preocupação dos primeiros pensadores foi a de identificar a origem das coisas e dos fatos que foram sempre se ampliando à medida que se deu o desenvolvimento intelectual.
A filosofia teve dois momentos de destaque na história das civilizações. O primeiro na Idade Antiga e o segundo na idade média, neste último período o pensamento filosófico fazia indagações  sobre quase todas as áreas  do conhecimento.
Na antiguidade os pensadores se dedicavam ao estudo de coisas abstratas perguntando-se sobre o “Ser enquanto ser” indo até questões exatas e precisas como as reações químicas, queda dos corpos, fenômenos, etc...
No auge da modernidade a filosofia passou a se concentrar em questões abstratas consideradas importantes para o desenvolvimento de outras ciências.
A história da filosofia pode-se organizada em quatro grandes períodos, para efeito de estudo:
1)                 Prá socrático – também chamado de período dedicado às questões da natureza, chamado também de período cosmológico;
2)                 Socrático – Conhecido como tempo preocupado com o ser humano, chamado de antropológico;
3)                 Sistemático -  tempo em que os filósofos procuraram dar respostas mais organizadas para os diversos problemas.
4)                 Helenístico – que se estendeu até mais ou menos 500 anos D.C. tempo em que se procurou fazer uma síntese entre o que pensavam os pensadores gregos e os povos orientais conquistados por eles com o recurso das guerras.

Desde muito cedo os filósofos tiveram também preocupações em responder quem o ser humano, de onde ele veio e para onde vai. Entretanto, o próprio Sócrates perguntado se verdadeiramente era o homem mais sábio da Grécia, respondeu: “Só sei que nada sei” e  deixou como máxima para todos os tempos: “Conhece-te a ti mesmo”.
Foi Aristóteles, discipulo de Socrates quem também disse: “Nós nos tornamos naquilo que praticamos com frequência. A perfeição, portanto, não é um ato isolao. É um hábito”.
Por isso mesmo se pode aceitar a afirmação de Chesterton:  “Todo homem esqueceu que é, alguém chega a compreender o cosmos, porém, não a si mesmo; o eu permanece mais longe que qualquer estrela. Amarás o Senhor teu Deus, porém, não conhecerás a ti mesmo. Todos estamos afetados pela mesma calamidade mental: temos esquecido nossos nome; temos esquecido quem realmente somos”.

Diante deste rápido percurso histórico se pode afirmar como Kant, que não se trata de aprender filosofia, mas de aprender filosofar, isso é, desenvolver a capacidade de fazer perguntas e não se conformar com as respostas. Independente de qualquer estudo pode-se afirmar que  mais cedo ou mais tarde a vida  transforma todos em filósofos.


QUESTÃO PARA FIXAÇÃO
1)    Depois de realizar o caça palavras, explique com suas palavras, de acordo com o texto, cada uma das expressões do quebra cabeça.
2)    Ler o primeiro capítulo do livro: “De Quem sou eu e para quem sou eu” fazer os exercícios sugeridos.
3)    Assistir o filme a Tentação...
4)    Ler o texto Antropologia: “A pessoa se constrói”  responder as seguintes perguntas:
5)    Porque o fato de poder decidir caracteriza o ser humano?
6)    Você costuma aceitar as regras culturais e padrões morais estabelecidos, ou propõe mudanças com certa frequência?

A IMPORTÂNCIA DA FILOSOFIA HOJE

"O mundo era muito diferente no passado, obviamente. Recebemos hoje, num só dia, o que há seiscentos anos seria equivalente a seis semanas de estímulos sensoriais.
Seis semanas de estímulos e informações num único dia — somos pressionados cerca de quarenta vezes mais a aprender e a nos adaptar.
O homem moderno tem de ser capaz de aprender mais do que a humanidade jamais aprendeu, porque há mais a aprender agora. Tem de ser capaz de se adaptar a novas situações todos os dias, porque o mundo está mudando rápido demais. Isso é um grande desafio.
Um grande desafio que, se aceito, ajudará tremendamente na expansão da consciência. Depende de como irá reagir a ela.
Uma coisa é certa: não há como retroceder. Os estímulos sensoriais estão cada vez maiores. Você obterá sempre mais informações e a vida mudará num ritmo cada vez mais rápido. E você terá de ser capaz de aprender e se adaptar a coisas novas.
No passado, o homem vivia num mundo quase estático. Tudo era estático. Você deixava o mundo exatamente como seu pai o havia deixado, não mudava coisa alguma. 
Nada era mudado, não era importante aprender muito. Um pouco de aprendizado era o bastante e então você tinha espaços em sua mente, espaços vazios, que o ajudavam a manter a sua sanidade.
Agora não há mais espaços vazios, a menos que você os crie deliberadamente. Hoje a meditação é mais necessária do que nunca..
Outras pessoas eram naturalmente silenciosas, felizes e sãs. Não tinham necessidade de pensar em meditação; de um modo inconsciente, meditavam. A vida avançava tão devagar e silenciosamente que até as mais tacanhas eram capazes de se adaptar. 
Agora a mudança é extremamente rápida, tão rápida que nem mesmo as pessoas mais inteligentes conseguem acompanhar. A vida diária é diferente, e você tem de aprender de novo — estar sempre aprendendo. 
Hoje não se pode mais parar de aprender; esse processo tem de durar a vida inteira. Tem-se de continuar aprendendo até a morte. Só assim se pode permanecer são, evitar a neurose. E a pressão é enorme — quarenta vezes maior.
Como atenuá-la? Você precisará de ter os seus momentos de meditação. Deve ficar tão só que nada pode invadi-lo — nenhuma lembrança, nenhum pensamento, nenhuma imaginação; não deve haver coisa alguma em sua consciência.
Isso fará com que ela rejuvenesça e se reanime, e libere novas fontes de energia. Ela voltará ao mundo mais jovem, renovada e capaz de aprender, com mais admiração em seus olhos e mais reverência em seu coração ."


7)     




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