ÉTICA O QUE É?
A palavra
“Ética” tem origem no termo grego “Ethos” e significa comportamento. Na língua
portuguesa o significado da expressão remete ao que se chama tomar posição
sobre determinados fatos ou situações. Em outras palavras fazer um juízo de
valor.
Quando se diz
que determinado comportamento, ato ou atitude é ético ou deixa de ser ético, se
está fazendo uma diferenciação entre o que é bom ou mau, certo ou errado, justo ou injusto.
Quando uma
pessoa toma esta decisão ela está fazendo escolhas as quais implicam aceitar,
conformar, conviver com as situações que julgou boa ou ruim e ao mesmo tempo
está se colocando na atitude de quem não se conforma com aquilo que julga não
ser ético.
Esta tomada de
posição, normalmente é tomada a partir do lugar social onde a pessoa está
vivendo e por isso mesmo é uma situação intersubjetiva porque diz respeito às
relações consigo, com os outros, com a natureza e com o “totalmente outro”.
Fazer escolhas significa
também emitir juízo de fato ou de valor. O primeiro faz referência ao fato em
si, por exemplo: “O Brasil vai sediar a copa do mundo da FIFA em 2014”; o
segundo diz respeito à importância do fato, por exemplo: “A realização da copa
do mundo no Brasil é uma oportunidade para vender uma boa imagem do Brasil para
o mundo”. As duas afirmações são juízos que permitem compreender o significado
do que significa Ética nas relações humanas.
Feita esta afirmação chega-se melhor a compreender a extensão
do significado da palavra ética, isto é, ela diz respeito às ações que tratam
da coletividade. Por isso mesmo comportamentos que em outros tempos eram tabus,
na sociedade atual são aceitáveis ou não aceitáveis. Por exemplo: Jogar lixo na
rua, poluir rios e lagos, derrubar florestas, maltratar animais, superioridade
do homem sobre a mulher, discriminar pessoas de outra raça ou com outra opção
sexual foram, até bem pouco tempo, condutas éticas aceitáveis, hoje, porém não
são mais entendidas do mesmo modo.
Da mesma forma outras preocupações passam a ser consideradas
dentro da avalição ética como problemas e situações novas que vão se
apresentando nas sociedades contemporâneas. Por exemplo, a questão da corrupção
eleitoral só se tornou um problema para ética com a chamada “Lei da Ficha
Limpa”; a questão do respeito às pessoas deficientes com o advento do conceito
de “Inclusão”, questões de pedofilia só apareceram depois que a sociedade se
indignou com casos praticados por todas as categorias de pessoas.
Neste contexto “Ética”
é um conjunto de permissões ou proibições que dizem respeito ao coletivo
e a responsabilidade grupal sobre as pessoas e as coisas. Uma indignação ética
não nasce movida por paixões, mas cultivadas por virtudes desenvolvidas pelo sujeito e por toda a coletividade.
Entretanto, o sujeito ético somente aparece à medida que
algumas questões também passarem a existir, tais como:
a)
Que a pessoa se reconheça
igual aos demais;
b)
Que seja dotado de liberdade e
responsabilidade;
c)
Que seja capaz de discernir e
deliberar sendo responsável pelos seus atos;
d)
Que tenha liberdade para agir.
No que diz respeito às
atitudes éticas na relação com a sociedade a pessoa não pode apresentar-se em
condição de passividade. Esta é uma atitude própria de quem se deixa arrastar
pelas inclinações e paixões da opinião alheia. No outro extremo está o
virtuoso, isto é, aquele que é capaz de controlar as paixões internas e
discutir consigo e com os outros a razão e as regras que são estabelecidas ou
os princípios que são aceitos em determinadas épocas e situações.
Ao longo da
história dos povos é também possível acompanhar a evolução do conceito de ética
no que diz respeito a violência e aos padrões de conduta pessoal e
interpessoal. Por exemplo, até bem pouco tempo era comum ouvir a expressão:
“Meu filho não leva desaforo para casa”
No decorrer dos anos as atitudes reconhecidas como violentas deixaram de
ter importância para dar lugar às condições de conciliação e respeito pelo
outro e pelo pensamento do outro.
Já fica bem
longe a compreensão da expressão violência resumida ao uso da força física
contra outro. Na atualidade dizer que alguém ou um grupo teve um atitude
violenta pode estar significando que se
serviu de mentira, injustiça, difamação, profanação, discriminação, de modo
mais amplo ainda, entende-se por violência tudo o que reduz o ser humano à
condição de objeto.
À proporção em
que um ser humano é compreendido não como inerte e destituído de liberdade e
responsabilidade a compreensão do que é ética vai muito além do que dizer que
isto ou aquilo é proibido ou permitido, legal ou ilegal. Ora o fato de alguma
coisa ser legal ou ser permitido não significa que é ético. Por exemplo: Poderá
ser legal a prática do aborto, porém, contínua sendo antiético.
Feitas estas
afirmações tem-se que discernir entre o que é bom ou mau, justo ou injusto, certo ou errado é uma
atitude ética que diz respeito à coletividade, mas que é manifestada pelo
sujeito que nunca age contra a sua consciência. O indivíduo nunca escolhe
deliberadamente o que é errado, pois sua condição de humano racional lhe faz
compreender que a ética se manifesta quando:
a)
O sujeito é consciente de si e dos outros como
iguais;
b)
É dotado de vontade e capacidade de escolher e
regular suas escolhas;
c)
É responsável e se reconhece como autor das suas
ações e assume as consequências de cada uma delas;
d)
Exercita sua liberdade de acordo com os limites
que ela mesma lhe impõe e não a partir de forças externas.
Agir com ética diz
respeito ao cidadão enquanto sujeito na sua relação com o mundo e ao mesmo
tempo na sua relação consigo mesmo. Do ponto de vista da ética não se pode
dizer que os fins justificam os meios, isto é nenhum comportamento inadequado
pode justificar-se seja qual for o fim a que se destina.
Ao longo de toda a história da
humanidade e consequentemente como parte de todas as preocupações da filosofia,
dos filósofos e de todas as ciências, agir com ética é condição para garantir
uma vida melhor, que pode ser também entendida como vida feliz.
ÉTICA E
VIRTUDE NA FILOSOFIA ANTIGA
Que a Filosofia
nasceu na Grécia, aproximadamente 600
anos A.C. é uma afirmação conhecida de todos. Que a filosofia nasceu procurando
dar respostas para as angústias humanas sobre a origem do mundo e de si mesmo
foi objeto de estudo no primeiro bimestre e faz parte de todo o programa de
Filosofia do ensino médio das escolas públicas brasileiras.
Mas, além
disso, a Filosofia também quer dar respostas para angústias que o ser humano
carrega ao longo da sua vida, tais como: É possível ser feliz? Porque o homem é
bom e apesar disso comete injustiças e atos desonestos.
Estas perguntas
foram respondidas pelos filósofos ao longo dos tempos os quais deram diferentes
respostas para o mesmo tema, sempre de acordo com o ponto de vista do qual viam
o mundo, o ser humano e as relações entre eles.
Atenas, cidade
onde viveram os primeiros filósofos, era uma grande cidade e atraia para lá
estrangeiros de todas as partes que vinham encantados pela democracia e pela
filosofia. Os estrangeiros eram chamados de Sofistas, palavra também derivada
do termo grego – Sophia. Estas
pessoas recebiam esta denominação porque eram sábios que cobravam para ensinar
enquanto Sócrates e os outros filósofos filosofavam em praça pública e o faziam
gratuitamente.
A condição de
sábios que cobravam para ensinar fez dos sofistas uma categoria de pessoas mal
vistas pelos filósofos locais que chamavam os primeiros de prostitutas. Estes
últimos entendiam que cobrar para ensinar se constituía numa condição
vergonhosa comparada à prostituição feminina, única profissão reconhecida para
o gênero. .
Ao mesmo tempo
os Sofistas garantiram que a arte de pensar fosse se expandindo, deixando de
ser um privilégio dos que moravam nas grandes cidades para ir também aos
lugares mais distantes.
Aos Sofistas
pode se atribuir o título de pioneiros do que se chama hoje – escola – embora
para garantir que tivessem “compradores” – pessoas interessadas em estudar –
eles modelavam os ensinamentos ao gosto do consumidor.
Esta condição
da – escola – sofista faz surgir a primeira preocupação com a ética no sentido
de que a sua atividade tinha por finalidade agradar alguns ou agradar a muitos,
ou agradar a todos.
Sócrates chegou
a ser considerado um sofista porque ele também ensinava, mas entre Ele e os
Sofistas havia uma diferença significativa, posto que os outros transmitissem
conhecimentos pronto enquanto Sócrates provocava os interessados em descobrir
saberes.
O ensino que
acontecia mediado por Sócrates permitia aos discípulos o exercício da liberdade
indo além da opinião e do conhecimento já estabelecido. As pessoas que
participavam do processo de aprendizagem desenvolvido por Sócrates tinham
condições de opinar e construir o saber a partir da razão e não pelo
constrangimento.
Outra diferença
se estabelecia entre Sócrates e os Sofistas, os primeiros entendiam que as leis
humanas eram proibições já Sócrates via a prudência e a lei como condições para
garantir a ordem, a cidadania e a liberdade.
Para Sócrates a
condição para um sujeito ser ético era
possuir o conhecimento e não ter sabedoria era sinônimo de não ser ético. Deste
modo também a virtude era ligada a capacidade de fazer filosofia.
Em resumo,
segundo Sócrates tanto a ética quanto a virtude são ensinadas e aqueles que
querem ser éticos e virtuosos procuram o saber.
Seguidor de
Sócrates, Aristóteles acreditava que a ética era sinônimo de felicidade e esta
seria a condição mais importante para a vida de um ser humano, dado que a
pessoa feliz procura agir fazendo o bem para a sociedade. Neste sentido a
felicidade é uma atividade da alma. Aristóteles diferenciava a virtude em
intelectual e moral as duas, porém,
seriam adquiridos pelo hábito e pelo tempo.
Segundo
Aristóteles o ser humano não nasce virtuoso, ele aprende ao longo da vida e uma
das mediações para aprender as virtudes é a política cujo sujeito é o estado
que é sempre coletivo. Para este filósofo, virtude sendo sinônimo de felicidade
está no equilíbrio, é dele a expressão: “In
mediun Virtus – a Virtude está no meio”.
ÉTICA O QUE É?
A palavra
“Ética” tem origem no termo grego “Ethos” e significa comportamento. Na língua
portuguesa o significado da expressão remete ao que se chama tomar posição
sobre determinados fatos ou situações. Em outras palavras fazer um juízo de
valor.
Quando se diz
que determinado comportamento, ato ou atitude é ético ou deixa de ser ético, se
está fazendo uma diferenciação entre o que é bom ou mau, certo ou errado, justo ou injusto.
Quando uma
pessoa toma esta decisão ela está fazendo escolhas as quais implicam aceitar,
conformar, conviver com as situações que julgou boa ou ruim e ao mesmo tempo
está se colocando na atitude de quem não se conforma com aquilo que julga não
ser ético.
Esta tomada de
posição, normalmente é tomada a partir do lugar social onde a pessoa está
vivendo e por isso mesmo é uma situação intersubjetiva porque diz respeito às
relações consigo, com os outros, com a natureza e com o “totalmente outro”.
Fazer escolhas significa
também emitir juízo de fato ou de valor. O primeiro faz referência ao fato em
si, por exemplo: “O Brasil vai sediar a copa do mundo da FIFA em 2014”; o
segundo diz respeito à importância do fato, por exemplo: “A realização da copa
do mundo no Brasil é uma oportunidade para vender uma boa imagem do Brasil para
o mundo”. As duas afirmações são juízos que permitem compreender o significado
do que significa Ética nas relações humanas.
Feita esta afirmação chega-se melhor a compreender a extensão
do significado da palavra ética, isto é, ela diz respeito às ações que tratam
da coletividade. Por isso mesmo comportamentos que em outros tempos eram tabus,
na sociedade atual são aceitáveis ou não aceitáveis. Por exemplo: Jogar lixo na
rua, poluir rios e lagos, derrubar florestas, maltratar animais, superioridade
do homem sobre a mulher, discriminar pessoas de outra raça ou com outra opção
sexual foram, até bem pouco tempo, condutas éticas aceitáveis, hoje, porém não
são mais entendidas do mesmo modo.
Da mesma forma outras preocupações passam a ser consideradas
dentro da avalição ética como problemas e situações novas que vão se
apresentando nas sociedades contemporâneas. Por exemplo, a questão da corrupção
eleitoral só se tornou um problema para ética com a chamada “Lei da Ficha
Limpa”; a questão do respeito às pessoas deficientes com o advento do conceito
de “Inclusão”, questões de pedofilia só apareceram depois que a sociedade se
indignou com casos praticados por todas as categorias de pessoas.
Neste contexto “Ética”
é um conjunto de permissões ou proibições que dizem respeito ao coletivo
e a responsabilidade grupal sobre as pessoas e as coisas. Uma indignação ética
não nasce movida por paixões, mas cultivadas por virtudes desenvolvidas pelo sujeito e por toda a coletividade.
Entretanto, o sujeito ético somente aparece à medida que
algumas questões também passarem a existir, tais como:
a)
Que a pessoa se reconheça
igual aos demais;
b)
Que seja dotado de liberdade e
responsabilidade;
c)
Que seja capaz de discernir e
deliberar sendo responsável pelos seus atos;
d)
Que tenha liberdade para agir.
No que diz respeito às
atitudes éticas na relação com a sociedade a pessoa não pode apresentar-se em
condição de passividade. Esta é uma atitude própria de quem se deixa arrastar
pelas inclinações e paixões da opinião alheia. No outro extremo está o
virtuoso, isto é, aquele que é capaz de controlar as paixões internas e
discutir consigo e com os outros a razão e as regras que são estabelecidas ou
os princípios que são aceitos em determinadas épocas e situações.
Ao longo da
história dos povos é também possível acompanhar a evolução do conceito de ética
no que diz respeito a violência e aos padrões de conduta pessoal e
interpessoal. Por exemplo, até bem pouco tempo era comum ouvir a expressão:
“Meu filho não leva desaforo para casa”
No decorrer dos anos as atitudes reconhecidas como violentas deixaram de
ter importância para dar lugar às condições de conciliação e respeito pelo
outro e pelo pensamento do outro.
Já fica bem
longe a compreensão da expressão violência resumida ao uso da força física
contra outro. Na atualidade dizer que alguém ou um grupo teve um atitude
violenta pode estar significando que se
serviu de mentira, injustiça, difamação, profanação, discriminação, de modo
mais amplo ainda, entende-se por violência tudo o que reduz o ser humano à
condição de objeto.
À proporção em
que um ser humano é compreendido não como inerte e destituído de liberdade e
responsabilidade a compreensão do que é ética vai muito além do que dizer que
isto ou aquilo é proibido ou permitido, legal ou ilegal. Ora o fato de alguma
coisa ser legal ou ser permitido não significa que é ético. Por exemplo: Poderá
ser legal a prática do aborto, porém, contínua sendo antiético.
Feitas estas
afirmações tem-se que discernir entre o que é bom ou mau, justo ou injusto, certo ou errado é uma
atitude ética que diz respeito à coletividade, mas que é manifestada pelo
sujeito que nunca age contra a sua consciência. O indivíduo nunca escolhe
deliberadamente o que é errado, pois sua condição de humano racional lhe faz
compreender que a ética se manifesta quando:
a)
O sujeito é consciente de si e dos outros como
iguais;
b)
É dotado de vontade e capacidade de escolher e
regular suas escolhas;
c)
É responsável e se reconhece como autor das suas
ações e assume as consequências de cada uma delas;
d)
Exercita sua liberdade de acordo com os limites
que ela mesma lhe impõe e não a partir de forças externas.
Agir com ética diz
respeito ao cidadão enquanto sujeito na sua relação com o mundo e ao mesmo
tempo na sua relação consigo mesmo. Do ponto de vista da ética não se pode
dizer que os fins justificam os meios, isto é nenhum comportamento inadequado
pode justificar-se seja qual for o fim a que se destina.
Ao longo de toda a história da
humanidade e consequentemente como parte de todas as preocupações da filosofia,
dos filósofos e de todas as ciências, agir com ética é condição para garantir
uma vida melhor, que pode ser também entendida como vida feliz.
ÉTICA E
VIRTUDE NA FILOSOFIA ANTIGA
Que a Filosofia
nasceu na Grécia, aproximadamente 600
anos A.C. é uma afirmação conhecida de todos. Que a filosofia nasceu procurando
dar respostas para as angústias humanas sobre a origem do mundo e de si mesmo
foi objeto de estudo no primeiro bimestre e faz parte de todo o programa de
Filosofia do ensino médio das escolas públicas brasileiras.
Mas, além
disso, a Filosofia também quer dar respostas para angústias que o ser humano
carrega ao longo da sua vida, tais como: É possível ser feliz? Porque o homem é
bom e apesar disso comete injustiças e atos desonestos.
Estas perguntas
foram respondidas pelos filósofos ao longo dos tempos os quais deram diferentes
respostas para o mesmo tema, sempre de acordo com o ponto de vista do qual viam
o mundo, o ser humano e as relações entre eles.
Atenas, cidade
onde viveram os primeiros filósofos, era uma grande cidade e atraia para lá
estrangeiros de todas as partes que vinham encantados pela democracia e pela
filosofia. Os estrangeiros eram chamados de Sofistas, palavra também derivada
do termo grego – Sophia. Estas
pessoas recebiam esta denominação porque eram sábios que cobravam para ensinar
enquanto Sócrates e os outros filósofos filosofavam em praça pública e o faziam
gratuitamente.
A condição de
sábios que cobravam para ensinar fez dos sofistas uma categoria de pessoas mal
vistas pelos filósofos locais que chamavam os primeiros de prostitutas. Estes
últimos entendiam que cobrar para ensinar se constituía numa condição
vergonhosa comparada à prostituição feminina, única profissão reconhecida para
o gênero. .
Ao mesmo tempo
os Sofistas garantiram que a arte de pensar fosse se expandindo, deixando de
ser um privilégio dos que moravam nas grandes cidades para ir também aos
lugares mais distantes.
Aos Sofistas
pode se atribuir o título de pioneiros do que se chama hoje – escola – embora
para garantir que tivessem “compradores” – pessoas interessadas em estudar –
eles modelavam os ensinamentos ao gosto do consumidor.
Esta condição
da – escola – sofista faz surgir a primeira preocupação com a ética no sentido
de que a sua atividade tinha por finalidade agradar alguns ou agradar a muitos,
ou agradar a todos.
Sócrates chegou
a ser considerado um sofista porque ele também ensinava, mas entre Ele e os
Sofistas havia uma diferença significativa, posto que os outros transmitissem
conhecimentos pronto enquanto Sócrates provocava os interessados em descobrir
saberes.
O ensino que
acontecia mediado por Sócrates permitia aos discípulos o exercício da liberdade
indo além da opinião e do conhecimento já estabelecido. As pessoas que
participavam do processo de aprendizagem desenvolvido por Sócrates tinham
condições de opinar e construir o saber a partir da razão e não pelo
constrangimento.
Outra diferença
se estabelecia entre Sócrates e os Sofistas, os primeiros entendiam que as leis
humanas eram proibições já Sócrates via a prudência e a lei como condições para
garantir a ordem, a cidadania e a liberdade.
Para Sócrates a
condição para um sujeito ser ético era
possuir o conhecimento e não ter sabedoria era sinônimo de não ser ético. Deste
modo também a virtude era ligada a capacidade de fazer filosofia.
Em resumo,
segundo Sócrates tanto a ética quanto a virtude são ensinadas e aqueles que
querem ser éticos e virtuosos procuram o saber.
Seguidor de
Sócrates, Aristóteles acreditava que a ética era sinônimo de felicidade e esta
seria a condição mais importante para a vida de um ser humano, dado que a
pessoa feliz procura agir fazendo o bem para a sociedade. Neste sentido a
felicidade é uma atividade da alma. Aristóteles diferenciava a virtude em
intelectual e moral as duas, porém,
seriam adquiridos pelo hábito e pelo tempo.
Segundo
Aristóteles o ser humano não nasce virtuoso, ele aprende ao longo da vida e uma
das mediações para aprender as virtudes é a política cujo sujeito é o estado
que é sempre coletivo. Para este filósofo, virtude sendo sinônimo de felicidade
está no equilíbrio, é dele a expressão: “In
mediun Virtus – a Virtude está no meio”.