segunda-feira, 21 de abril de 2014

CONTEÚDO SÓ PARA OS SEGUNDOS E TERCEIROS ANOS - SEGUNDO BIMESTRE

Atenção alunos dos segundos e terceiros anos: Vocês devem copiar também o conteúdo para todos as turmas.

ÉTICA E FILOSOFIA NA IDADE MODERNA E CONTEMPORÂNEA

Dentre os vários filósofos da modernidade vamos nos concentrar nos conceitos de ética defendidos por Emanuel Kant, considerado o último grande filósofo da era moderna e representante do iluminismo foi um dos mais importantes pensadores desse período. Destaca-se a compreensão desse filósofo na linha do idealismo transcendental que quer dizer: o ser humano traz um conhecimento que é anterior a qualquer experiência.
Para Kant a ética se resume no cumprimento dos deveres e obrigações atitude que ele chamou de “Imperativo categórico”. Este adjetivo significa dizer que a pessoa humana precisa ser considerada como um fim em si mesmo e não como um meio para alcançar isso ou aquilo.
O Ser humano tem um valor em si mesmo e não depende de mais nada, a condição humana está “acima de qualquer preço”.  A preocupação de todos será a de garantir que todos tenham acesso ao bem estar, por meio do respeito aos direitos e da recusa a cometer qualquer tipo de mal. Em resumo, segundo Kant o ser humano merece ser tratado naquilo que ele tem de característico que significa respeitar a sua racionalidade.  Deixar de ser ético qualquer tipo de manipulação do ser humano para alcançar objetivos escusos.
A razão é, para Kant, de utilidade prática e a ética acontece na ocasião em que o ser humano a utiliza como utilidade prática. Assim também se enquadra a política se compreendida no sentido original de preocupação com o bem de todos e como uma ação prática para fazer o bem.
Fazer o bem é um dever que o ser humano não pode abrir mão desta compreensão se tem a afirmação: “É da maior importância, em todos os juízos morais, atender, com mais extrema precisão ao princípio subjetivo de todas as máximas, a fim de colocar toda a moralidade das ações na necessidade de agir por dever e por respeito pela lei, não por amor.”.
Mesmo amando, o ser humano não faz por causa do amor, mas impulsionado pelo dever, ele deixa claro quando afirma: “É sem dúvida assim que se devem entender os passos da Escritura em que se ordena que amemos o próximo, mesmo o nosso inimigo. Pois que o amor enquanto inclinação não pode ser ordenado, mas o bem fazer por dever”.
Kant  também entende que a felicidade é uma virtude ética. A expressão que tem sua origem na palavra latina: augurium, e que significa sorte. Segundo essa compreensão a felicidade não depende da pessoa, mas de condições externas e que o ser humano deve querer alcançar. Para Kant a felicidade consiste na satisfação de nossas as inclinações.
Ao contrário de Kant, Rousseau acreditava que a felicidade é inerente ao ser humano e que pela prática virtuosa do bem o ser humano se encontra a felicidade que está dentro da alma.
No mundo contemporâneo a  felicidade parece ser uma condição que a pessoa nunca alcança em plenitude ela é sempre uma aspiração por um dom supremo e que o ser humano não tem, necessariamente, o dever de encontra-la.
Maquiavel é o tipo de pessoa a quem não se pode dar nenhum valor ético, seja à pessoa seja à sua doutrina. Seu pensamento sobre ética diferenciava-se do pensamento cristão e afirmava que o governante não precisa ser bom e justo, basta parecer ser. Segundo ele para o governante não é importante ser ético, mas garantir por suas ações a manutenção do poder.
Marx viveu num período em que o confronto entre os trabalhadores e os proprietários eram muito intensos. A força dos proprietários fez com que determinados valores vividos por eles fossem assimilados pelas classes trabalhadoras  tornando-se ideológicas e que tinham a finalidade de garantir a dominação de uns sobre outros.
Marx teve como objetivo mostrar que as condições éticas são determinadas pelas condições materiais de vida.

Os filósofos Marx, Nietzsche e Freud fizeram repercutir a sua maneira de pensar e as críticas que faziam sobre o que seria ético ou deixaria de ser.

CONTEÚDO PARA TODAS AS TURMAS NO SEGUNDO BIMESTRE

ÉTICA O QUE É?

A palavra “Ética” tem origem no termo grego “Ethos” e significa comportamento. Na língua portuguesa o significado da expressão remete ao que se chama tomar posição sobre determinados fatos ou situações. Em outras palavras fazer um juízo de valor.
Quando se diz que determinado comportamento, ato ou atitude é ético ou deixa de ser ético, se está fazendo uma diferenciação entre o que é bom ou mau,  certo ou errado, justo ou injusto. 
Quando uma pessoa toma esta decisão ela está fazendo escolhas as quais implicam aceitar, conformar, conviver com as situações que julgou boa ou ruim e ao mesmo tempo está se colocando na atitude de quem não se conforma com aquilo que julga não ser ético.
Esta tomada de posição, normalmente é tomada a partir do lugar social onde a pessoa está vivendo e por isso mesmo é uma situação intersubjetiva porque diz respeito às relações consigo, com os outros, com a natureza e com o “totalmente outro”.
Fazer escolhas significa também emitir juízo de fato ou de valor. O primeiro faz referência ao fato em si, por exemplo: “O Brasil vai sediar a copa do mundo da FIFA em 2014”; o segundo diz respeito à importância do fato, por exemplo: “A realização da copa do mundo no Brasil é uma oportunidade para vender uma boa imagem do Brasil para o mundo”. As duas afirmações são juízos que permitem compreender o significado do que significa Ética nas relações humanas.
Feita esta afirmação chega-se melhor a compreender a extensão do significado da palavra ética, isto é, ela diz respeito às ações que tratam da coletividade. Por isso mesmo comportamentos que em outros tempos eram tabus, na sociedade atual são aceitáveis ou não aceitáveis. Por exemplo: Jogar lixo na rua, poluir rios e lagos, derrubar florestas, maltratar animais, superioridade do homem sobre a mulher, discriminar pessoas de outra raça ou com outra opção sexual foram, até bem pouco tempo, condutas éticas aceitáveis, hoje, porém não são mais entendidas do mesmo modo.
Da mesma forma outras preocupações passam a ser consideradas dentro da avalição ética como problemas e situações novas que vão se apresentando nas sociedades contemporâneas. Por exemplo, a questão da corrupção eleitoral só se tornou um problema para ética com a chamada “Lei da Ficha Limpa”; a questão do respeito às pessoas deficientes com o advento do conceito de “Inclusão”, questões de pedofilia só apareceram depois que a sociedade se indignou com casos praticados por todas as categorias de pessoas.
Neste contexto “Ética”  é um conjunto de permissões ou proibições que dizem respeito ao coletivo e a responsabilidade grupal sobre as pessoas e as coisas. Uma indignação ética não nasce movida por paixões, mas cultivadas por virtudes desenvolvidas pelo  sujeito e por toda a coletividade.
Entretanto, o sujeito ético somente aparece à medida que algumas questões também passarem a existir, tais como:
a)                 Que a pessoa se reconheça igual aos demais;
b)                 Que seja dotado de liberdade e responsabilidade;
c)                 Que seja capaz de discernir e deliberar sendo responsável pelos seus atos;
d)                 Que tenha liberdade para agir.

No que  diz respeito às atitudes éticas na relação com a sociedade a pessoa não pode apresentar-se em condição de passividade. Esta é uma atitude própria de quem se deixa arrastar pelas inclinações e paixões da opinião alheia. No outro extremo está o virtuoso, isto é, aquele que é capaz de controlar as paixões internas e discutir consigo e com os outros a razão e as regras que são estabelecidas ou os princípios que são aceitos em determinadas épocas e situações.
Ao longo da história dos povos é também possível acompanhar a evolução do conceito de ética no que diz respeito a violência e aos padrões de conduta pessoal e interpessoal. Por exemplo, até bem pouco tempo era comum ouvir a expressão: “Meu filho não leva desaforo para casa”  No decorrer dos anos as atitudes reconhecidas como violentas deixaram de ter importância para dar lugar às condições de conciliação e respeito pelo outro e pelo pensamento do outro.
Já fica bem longe a compreensão da expressão violência resumida ao uso da força física contra outro. Na atualidade dizer que alguém ou um grupo teve um atitude violenta  pode estar significando que se serviu de mentira, injustiça, difamação, profanação, discriminação, de modo mais amplo ainda, entende-se por violência tudo o que reduz o ser humano à condição de objeto.
À proporção em que um ser humano é compreendido não como inerte e destituído de liberdade e responsabilidade a compreensão do que é ética vai muito além do que dizer que isto ou aquilo é proibido ou permitido, legal ou ilegal. Ora o fato de alguma coisa ser legal ou ser permitido não significa que é ético. Por exemplo: Poderá ser legal a prática do aborto, porém, contínua sendo antiético.
Feitas estas afirmações tem-se que discernir entre o que é bom ou mau,  justo ou injusto, certo ou errado é uma atitude ética que diz respeito à coletividade, mas que é manifestada pelo sujeito que nunca age contra a sua consciência. O indivíduo nunca escolhe deliberadamente o que é errado, pois sua condição de humano racional lhe faz compreender que a ética se manifesta quando:
a)                 O sujeito é consciente de si e dos outros como iguais;
b)                 É dotado de vontade e capacidade de escolher e regular suas escolhas;
c)                 É responsável e se reconhece como autor das suas ações e assume as consequências de cada uma delas;
d)                 Exercita sua liberdade de acordo com os limites que ela mesma lhe impõe e não a partir de forças externas.
Agir com ética diz respeito ao cidadão enquanto sujeito na sua relação com o mundo e ao mesmo tempo na sua relação consigo mesmo. Do ponto de vista da ética não se pode dizer que os fins justificam os meios, isto é nenhum comportamento inadequado pode justificar-se seja qual for o fim a que se destina.
            Ao longo de toda a história da humanidade e consequentemente como parte de todas as preocupações da filosofia, dos filósofos e de todas as ciências, agir com ética é condição para garantir uma vida melhor, que pode ser também entendida como vida feliz.







ÉTICA E VIRTUDE NA FILOSOFIA ANTIGA

Que a Filosofia nasceu na Grécia,  aproximadamente 600 anos A.C. é uma afirmação conhecida de todos. Que a filosofia nasceu procurando dar respostas para as angústias humanas sobre a origem do mundo e de si mesmo foi objeto de estudo no primeiro bimestre e faz parte de todo o programa de Filosofia do ensino médio das escolas públicas brasileiras.
Mas, além disso, a Filosofia também quer dar respostas para angústias que o ser humano carrega ao longo da sua vida, tais como: É possível ser feliz? Porque o homem é bom e apesar disso comete injustiças e atos desonestos.
Estas perguntas foram respondidas pelos filósofos ao longo dos tempos os quais deram diferentes respostas para o mesmo tema, sempre de acordo com o ponto de vista do qual viam o mundo, o ser humano e as relações entre eles.
Atenas, cidade onde viveram os primeiros filósofos, era uma grande cidade e atraia para lá estrangeiros de todas as partes que vinham encantados pela democracia e pela filosofia. Os estrangeiros eram chamados de Sofistas, palavra também derivada do termo grego – Sophia. Estas pessoas recebiam esta denominação porque eram sábios que cobravam para ensinar enquanto Sócrates e os outros filósofos filosofavam em praça pública e o faziam gratuitamente.
A condição de sábios que cobravam para ensinar fez dos sofistas uma categoria de pessoas mal vistas pelos filósofos locais que chamavam os primeiros de prostitutas. Estes últimos entendiam que cobrar para ensinar se constituía numa condição vergonhosa comparada à prostituição feminina, única profissão reconhecida para o gênero. .
Ao mesmo tempo os Sofistas garantiram que a arte de pensar fosse se expandindo, deixando de ser um privilégio dos que moravam nas grandes cidades para ir também aos lugares mais distantes.
Aos Sofistas pode se atribuir o título de pioneiros do que se chama hoje – escola – embora para garantir que tivessem “compradores” – pessoas interessadas em estudar – eles modelavam os ensinamentos ao gosto do consumidor.
Esta condição da – escola – sofista faz surgir a primeira preocupação com a ética no sentido de que a sua atividade tinha por finalidade agradar alguns ou agradar a muitos, ou agradar a todos.
Sócrates chegou a ser considerado um sofista porque ele também ensinava, mas entre Ele e os Sofistas havia uma diferença significativa, posto que os outros transmitissem conhecimentos pronto enquanto Sócrates provocava os interessados em descobrir saberes.
O ensino que acontecia mediado por Sócrates permitia aos discípulos o exercício da liberdade indo além da opinião e do conhecimento já estabelecido. As pessoas que participavam do processo de aprendizagem desenvolvido por Sócrates tinham condições de opinar e construir o saber a partir da razão e não pelo constrangimento.
Outra diferença se estabelecia entre Sócrates e os Sofistas, os primeiros entendiam que as leis humanas eram proibições já Sócrates via a prudência e a lei como condições para garantir a ordem, a cidadania e a liberdade.
Para Sócrates a condição para um sujeito  ser ético era possuir o conhecimento e não ter sabedoria era sinônimo de não ser ético. Deste modo também a virtude era ligada a capacidade de fazer filosofia.
Em resumo, segundo Sócrates tanto a ética quanto a virtude são ensinadas e aqueles que querem ser éticos e virtuosos procuram o saber.
Seguidor de Sócrates, Aristóteles acreditava que a ética era sinônimo de felicidade e esta seria a condição mais importante para a vida de um ser humano, dado que a pessoa feliz procura agir fazendo o bem para a sociedade. Neste sentido a felicidade é uma atividade da alma. Aristóteles diferenciava a virtude em intelectual e moral as duas, porém,  seriam adquiridos pelo hábito e pelo tempo.

Segundo Aristóteles o ser humano não nasce virtuoso, ele aprende ao longo da vida e uma das mediações para aprender as virtudes é a política cujo sujeito é o estado que é sempre coletivo. Para este filósofo, virtude sendo sinônimo de felicidade está no equilíbrio, é dele a expressão: “In mediun Virtus – a Virtude está no meio”.
Caixa de texto: TEXTO PARA TODAS AS TURMAS  ÉTICA O QUE É?

A palavra “Ética” tem origem no termo grego “Ethos” e significa comportamento. Na língua portuguesa o significado da expressão remete ao que se chama tomar posição sobre determinados fatos ou situações. Em outras palavras fazer um juízo de valor.
Quando se diz que determinado comportamento, ato ou atitude é ético ou deixa de ser ético, se está fazendo uma diferenciação entre o que é bom ou mau,  certo ou errado, justo ou injusto. 
Quando uma pessoa toma esta decisão ela está fazendo escolhas as quais implicam aceitar, conformar, conviver com as situações que julgou boa ou ruim e ao mesmo tempo está se colocando na atitude de quem não se conforma com aquilo que julga não ser ético.
Esta tomada de posição, normalmente é tomada a partir do lugar social onde a pessoa está vivendo e por isso mesmo é uma situação intersubjetiva porque diz respeito às relações consigo, com os outros, com a natureza e com o “totalmente outro”.
Fazer escolhas significa também emitir juízo de fato ou de valor. O primeiro faz referência ao fato em si, por exemplo: “O Brasil vai sediar a copa do mundo da FIFA em 2014”; o segundo diz respeito à importância do fato, por exemplo: “A realização da copa do mundo no Brasil é uma oportunidade para vender uma boa imagem do Brasil para o mundo”. As duas afirmações são juízos que permitem compreender o significado do que significa Ética nas relações humanas.
Feita esta afirmação chega-se melhor a compreender a extensão do significado da palavra ética, isto é, ela diz respeito às ações que tratam da coletividade. Por isso mesmo comportamentos que em outros tempos eram tabus, na sociedade atual são aceitáveis ou não aceitáveis. Por exemplo: Jogar lixo na rua, poluir rios e lagos, derrubar florestas, maltratar animais, superioridade do homem sobre a mulher, discriminar pessoas de outra raça ou com outra opção sexual foram, até bem pouco tempo, condutas éticas aceitáveis, hoje, porém não são mais entendidas do mesmo modo.
Da mesma forma outras preocupações passam a ser consideradas dentro da avalição ética como problemas e situações novas que vão se apresentando nas sociedades contemporâneas. Por exemplo, a questão da corrupção eleitoral só se tornou um problema para ética com a chamada “Lei da Ficha Limpa”; a questão do respeito às pessoas deficientes com o advento do conceito de “Inclusão”, questões de pedofilia só apareceram depois que a sociedade se indignou com casos praticados por todas as categorias de pessoas.
Neste contexto “Ética”  é um conjunto de permissões ou proibições que dizem respeito ao coletivo e a responsabilidade grupal sobre as pessoas e as coisas. Uma indignação ética não nasce movida por paixões, mas cultivadas por virtudes desenvolvidas pelo  sujeito e por toda a coletividade.
Entretanto, o sujeito ético somente aparece à medida que algumas questões também passarem a existir, tais como:
a)                 Que a pessoa se reconheça igual aos demais;
b)                 Que seja dotado de liberdade e responsabilidade;
c)                 Que seja capaz de discernir e deliberar sendo responsável pelos seus atos;
d)                 Que tenha liberdade para agir.

No que  diz respeito às atitudes éticas na relação com a sociedade a pessoa não pode apresentar-se em condição de passividade. Esta é uma atitude própria de quem se deixa arrastar pelas inclinações e paixões da opinião alheia. No outro extremo está o virtuoso, isto é, aquele que é capaz de controlar as paixões internas e discutir consigo e com os outros a razão e as regras que são estabelecidas ou os princípios que são aceitos em determinadas épocas e situações.
Ao longo da história dos povos é também possível acompanhar a evolução do conceito de ética no que diz respeito a violência e aos padrões de conduta pessoal e interpessoal. Por exemplo, até bem pouco tempo era comum ouvir a expressão: “Meu filho não leva desaforo para casa”  No decorrer dos anos as atitudes reconhecidas como violentas deixaram de ter importância para dar lugar às condições de conciliação e respeito pelo outro e pelo pensamento do outro.
Já fica bem longe a compreensão da expressão violência resumida ao uso da força física contra outro. Na atualidade dizer que alguém ou um grupo teve um atitude violenta  pode estar significando que se serviu de mentira, injustiça, difamação, profanação, discriminação, de modo mais amplo ainda, entende-se por violência tudo o que reduz o ser humano à condição de objeto.
À proporção em que um ser humano é compreendido não como inerte e destituído de liberdade e responsabilidade a compreensão do que é ética vai muito além do que dizer que isto ou aquilo é proibido ou permitido, legal ou ilegal. Ora o fato de alguma coisa ser legal ou ser permitido não significa que é ético. Por exemplo: Poderá ser legal a prática do aborto, porém, contínua sendo antiético.
Feitas estas afirmações tem-se que discernir entre o que é bom ou mau,  justo ou injusto, certo ou errado é uma atitude ética que diz respeito à coletividade, mas que é manifestada pelo sujeito que nunca age contra a sua consciência. O indivíduo nunca escolhe deliberadamente o que é errado, pois sua condição de humano racional lhe faz compreender que a ética se manifesta quando:
a)                 O sujeito é consciente de si e dos outros como iguais;
b)                 É dotado de vontade e capacidade de escolher e regular suas escolhas;
c)                 É responsável e se reconhece como autor das suas ações e assume as consequências de cada uma delas;
d)                 Exercita sua liberdade de acordo com os limites que ela mesma lhe impõe e não a partir de forças externas.
Agir com ética diz respeito ao cidadão enquanto sujeito na sua relação com o mundo e ao mesmo tempo na sua relação consigo mesmo. Do ponto de vista da ética não se pode dizer que os fins justificam os meios, isto é nenhum comportamento inadequado pode justificar-se seja qual for o fim a que se destina.
            Ao longo de toda a história da humanidade e consequentemente como parte de todas as preocupações da filosofia, dos filósofos e de todas as ciências, agir com ética é condição para garantir uma vida melhor, que pode ser também entendida como vida feliz.







ÉTICA E VIRTUDE NA FILOSOFIA ANTIGA

Que a Filosofia nasceu na Grécia,  aproximadamente 600 anos A.C. é uma afirmação conhecida de todos. Que a filosofia nasceu procurando dar respostas para as angústias humanas sobre a origem do mundo e de si mesmo foi objeto de estudo no primeiro bimestre e faz parte de todo o programa de Filosofia do ensino médio das escolas públicas brasileiras.
Mas, além disso, a Filosofia também quer dar respostas para angústias que o ser humano carrega ao longo da sua vida, tais como: É possível ser feliz? Porque o homem é bom e apesar disso comete injustiças e atos desonestos.
Estas perguntas foram respondidas pelos filósofos ao longo dos tempos os quais deram diferentes respostas para o mesmo tema, sempre de acordo com o ponto de vista do qual viam o mundo, o ser humano e as relações entre eles.
Atenas, cidade onde viveram os primeiros filósofos, era uma grande cidade e atraia para lá estrangeiros de todas as partes que vinham encantados pela democracia e pela filosofia. Os estrangeiros eram chamados de Sofistas, palavra também derivada do termo grego – Sophia. Estas pessoas recebiam esta denominação porque eram sábios que cobravam para ensinar enquanto Sócrates e os outros filósofos filosofavam em praça pública e o faziam gratuitamente.
A condição de sábios que cobravam para ensinar fez dos sofistas uma categoria de pessoas mal vistas pelos filósofos locais que chamavam os primeiros de prostitutas. Estes últimos entendiam que cobrar para ensinar se constituía numa condição vergonhosa comparada à prostituição feminina, única profissão reconhecida para o gênero. .
Ao mesmo tempo os Sofistas garantiram que a arte de pensar fosse se expandindo, deixando de ser um privilégio dos que moravam nas grandes cidades para ir também aos lugares mais distantes.
Aos Sofistas pode se atribuir o título de pioneiros do que se chama hoje – escola – embora para garantir que tivessem “compradores” – pessoas interessadas em estudar – eles modelavam os ensinamentos ao gosto do consumidor.
Esta condição da – escola – sofista faz surgir a primeira preocupação com a ética no sentido de que a sua atividade tinha por finalidade agradar alguns ou agradar a muitos, ou agradar a todos.
Sócrates chegou a ser considerado um sofista porque ele também ensinava, mas entre Ele e os Sofistas havia uma diferença significativa, posto que os outros transmitissem conhecimentos pronto enquanto Sócrates provocava os interessados em descobrir saberes.
O ensino que acontecia mediado por Sócrates permitia aos discípulos o exercício da liberdade indo além da opinião e do conhecimento já estabelecido. As pessoas que participavam do processo de aprendizagem desenvolvido por Sócrates tinham condições de opinar e construir o saber a partir da razão e não pelo constrangimento.
Outra diferença se estabelecia entre Sócrates e os Sofistas, os primeiros entendiam que as leis humanas eram proibições já Sócrates via a prudência e a lei como condições para garantir a ordem, a cidadania e a liberdade.
Para Sócrates a condição para um sujeito  ser ético era possuir o conhecimento e não ter sabedoria era sinônimo de não ser ético. Deste modo também a virtude era ligada a capacidade de fazer filosofia.
Em resumo, segundo Sócrates tanto a ética quanto a virtude são ensinadas e aqueles que querem ser éticos e virtuosos procuram o saber.
Seguidor de Sócrates, Aristóteles acreditava que a ética era sinônimo de felicidade e esta seria a condição mais importante para a vida de um ser humano, dado que a pessoa feliz procura agir fazendo o bem para a sociedade. Neste sentido a felicidade é uma atividade da alma. Aristóteles diferenciava a virtude em intelectual e moral as duas, porém,  seriam adquiridos pelo hábito e pelo tempo.
Segundo Aristóteles o ser humano não nasce virtuoso, ele aprende ao longo da vida e uma das mediações para aprender as virtudes é a política cujo sujeito é o estado que é sempre coletivo. Para este filósofo, virtude sendo sinônimo de felicidade está no equilíbrio, é dele a expressão: “In mediun Virtus – a Virtude está no meio”. 

quarta-feira, 16 de abril de 2014

RECUPERAÇÃO PARALELA - PROVA BIMESTRAL - PRIMEIRO BIMESTRE 2014


PARA TODAS AS TURMAS

      1)     Produzir  um texto e apresentar abaixo como comentário, com pelo menos 10 linhas, explicando com suas palavras o significado da palavra Filosofia e a primeira preocupação dos filósofos antigos.

2)   Fazer um texto e apresentar como comentário abaixo, com pelo menos 10 linhas, descrevendo o significado da afirmação: "Para ser humano não basta pertencer à espécie humana" No texto deve conter, pelo menos, 2 exemplos da atualidade.   



       ATIVIDADE SÓ PARA OS PRIMEIRO ANOS

        3) Explique as razões pelas quais a sociedade precisa dar tratamento diferenciado às pessoas portadoras de necessidades especiais. Texto com pelo menos 10 linhas e um exemplo.

      ATIVIDADE SÓ PARA OS SEGUNDOS ANOS 

      4)  Explicar porque a filosofia hoje é mais importante do que em outros tempos. Texto produzido com palavras próprias e contendo pelo menos 10 linhas e um exemplo. 

      ATIVIDADE SÓ PARA OS TERCEIROS ANOS
       
         5) Produzir um texto, dando exemplos, a partir da afirmação: "Mais cedo ou mais tarde a vida nos transforma todos em filósosos". O texto deve conter pelo menos 10 linhas com um exemplo.


      Para responder estas questões o aluno deve ir no rodapé deste texto no campo onde aparece:
      "Postar um comentário" Escrever seu nome, endereço, turma e turno na seguinte ordem:
        NOME:
        TURMA:
        TURNO:
        Copiar a questão e fazer a resposta, em seguida clicar sobre a palavra Publicar. 

         (Esta atividade se torna necessária porque durante a semana de 22 a 25 de abril, o professor está participando do Seminário Presencial de Atualização da proposta Curricular de Santa Catarina e no dia 29 já acontecerá o Conselho de Classe. Os alunos tem até o dia 24 de abril para realizar a atividade). 

quarta-feira, 9 de abril de 2014

A DÍFICIL ARTE DE NÃO DE NÃO FAZER NADA




Confúcio, foi o mais famoso filósofo da  China, viveu por volta dos anos  550 e 479 A.C.  foi grande conhecedor de história, aritmética, poesia,  música e caligrafia.  Além disso deixou grandes ensinamentos na área da ética e sua doutrina é conhecida como a base da ética empresarial japonesa.
Dentre as frases célebres deste pensador, destaca-se a expressão: “Escolha um trabalho que você ame e não terás que trabalhar um único dia em sua vida.”  Esta frase,  pode ser aplicada a qualquer outra atitude do ser humano que vai se construindo como pessoa desde o nascimento até sua morte. Quando a pessoa faz aquilo que gosta, sente prazer em realizar esta ou aquela ação e nunca se cansa.
Pode-se afirmar que estudar, trabalhar, andar, rezar, meditar, divertir-se, escrever, ler, produzir, e etc. são todas ações que, se forem feitas com prazer, não se tornam de modo nenhum um peso ou uma dificuldade.
O Sociólogo Italiano, Domênico de Masi, é famoso também por seu conceito de Ócio Criativo. De acordo com este pensamento o ócio, longe de ser uma condição negativa é questão de criatividade pessoal. Em outras palavras, dar-se um tempo para não fazer nada é uma condição que facilita ao ser humano desenvolver a criatividade pessoal.
Grandes mestres da espiritualidade cristã, ao longo dos últimos dois mil anos, também fizeram a experiência de não fazer nada. Dedicaram parte significativa do seu dia à meditação e ao silêncio e recomendaram essa atitude como condição para desenvolver a criatividade e melhorar a produtividade.
Recentemente, estão se difundindo os grupos defensores do “nadismo” esta corrente defende a necessidade de se dedicar a não fazer nada como condição para vencer a ansiedade e a síndrome do pensamento acelerado, os quais segundo eles são os novos males da sociedade.
O grupo defensor desta corrente de pensamento afirma ser o “nadismo” uma fonte de bem estar mental.  Entre as atividades sugeridas pelos defensores da arte de não fazer nada, algumas são:
-Abandonar o celular;
-Com os olhos abertos permanecer imóvel por algum tempo;
- Mentalmente contemplar o que está ao seu redor;
- Permanecer consciente atento a tudo o que acontece sem envolver-se em nada;
- Dar uma pausa sem nenhum objetivo.

Estas e outras ações podem ser entendidas como o “Ócio” criativo  capaz de ajudar a pessoa humana no processo de produção do conhecimento do mundo e de si mesmo. Tal ação se aproxima da orientação do sábio Confúcio: “Encontre algo que lhe dê prazer e nunca mais precisará trabalhar.”


Atividade para os alunos: 

Com base neste texto escrever um comentário sobre a necessidade do silêncio como processo de construção do “fazer-se humano”. Postar o texto no espaço destinado a comentários no rodapé deste artigo. 
Como qualquer trabalho o aluno deve começar o texto colocando seu nome e sua turma. 

terça-feira, 1 de abril de 2014

ATUALIZAÇÃO DA PROPOSTA CURRICULAR DE SANTA CATARINA

SEMINÁRIO PRESENCIAL
O projeto de atualização da Proposta Curricular de Santa Catarina  é  um processo democrático com foco
em “O que e como ensinar”.
Estão envolvidos na atividade cerca de 7.000 (sete mil) professores na condição de participantes e mais duas centenas de professores e consultores no grupo de produção e redação.
As WEB Conferências, e os Seminários presenciais que estão acontecendo mensalmente são ações provocativas para os professores inscritos produzir e contribuir democraticamente na construção de uma educação que esteja ao alcance de todos.

Na Escola de Educação Básica Adelina Régis, 95% dos professores tem participação ativa na atualização da Proposta Curricular de Santa Catarina, dentre eles o professor Elcio Alberton foi selecionado para o grupo de produção e já participou do primeiro seminário presencial que aconteceu entre os dias 25 a 27 de março de 2014.