segunda-feira, 30 de novembro de 2015

LEITURA COM PAIXÃO...

RESENHA


ELCIO ALBERTON[1]

EGGERTT-STEINDEL, Gisela. Dos espaços de leitura à Biblioteca Municipal de Jaraguá do Sul: Discursos e percursos (1937 – 1983), Florianópolis: Insular, 2009.

A Obra é a tese de doutorado em Educação, defendido pela autora na USP no ano de 2005. Depois de fazer os agradecimentos a obra é apresentada pela também doutora Maria Tereza Santos Cunha professora do Departamento de História da FAED/UDESC no ano de 2009. Com 138 páginas organizadas em quatro capítulos, a obra apresenta ainda 12 páginas de bibliografia distribuídas em fontes documentais, fontes impressas e fontes gravadas, 4 páginas com anexos e 17 páginas contendo 336 notas numeradas em ordem crescente do primeiro ao último capítulo.  Publicado pela Editora Insular com sede em Florianópolis e presente no mercado editorial desde 1994.
Graficamente bem apresentável trás na imagem da capa a foto da antiga Estação Ferroviária de Jaraguá do Sul, espaço que também foi sede da Biblioteca Pública Municipal de Jaraguá do Sul.
Todo o texto, independente do seu rigor científico, é de leitura muito agradável. A autora que tem outros trabalhos publicados na mesma conotação literária se apresenta com habilidade na arte de comunicar suas convicções de forma simples, arrojada e bem fundamentada bibliograficamente. O fato das notas de rodapé estarem todas numa única sessão ao final da obra torna o texto ainda mais leve, por outro lado esta norma técnica dificulta um pouco a consulta a este recurso durante o percurso de apropriação da obra.
Para o conjunto do trabalho pode ser aplicar a frase de  José Saramago: “Antes do interesse pela escrita há um outro: o interesse pela leitura. E mal vão as coisas quando só se pensa no primeiro, se antes não se consolidou o gosto de pelo segundo. Sem ler ninguém escreve”. Sobre esta obra, pode-se afirmar que a autora “devorou” arquivos e espaços de leitura para depois consolidar seu pensamento e firmar suas posições acerca do assunto.
No capítulo primeiro a autora contextualiza o nascimento das povoações no vale do Itajaí com a emancipação político administrativa de Jaraguá do Sul e os desdobramentos anteriores e posteriores que este fato tem para a história de Santa Catarina e para o Brasil.
No segundo capítulo, intitulado “Possibilidades de leitura, uma cartografia” é interessante destacar algumas ideias presentes ao longo do texto e que, mesmo tomadas isoladamente permitem perceber do que se trata o conjunto da obra. Na página 45 a autora fala pela primeira vez da existência de Bibliotecas na cidade para em seguida alcunhar a expressão “biblioteca sem paredes” expressão que já intitulava outro artigo da autora quando doutoranda na USP.
A biblioteca sem paredes parece ser a gênesis das outras bibliotecas que mais tarde foram erigidas pela comunidade jaraguaense. Embora o jornal ao qual se atribui o título de “biblioteca sem paredes”, não publicasse obras na íntegra, nem mesmo resumo de obras significativas, o periódico cumpria seu papel divulgando a produção editorial nacional para a comunidade local. Os outros três tópicos descritos no capítulo 2 tratam da Biblioteca Integralista, da Biblioteca Jurídica e da Biblioteca do Clube Baependi ambas erigidas na cidade, nas décadas de 1930 e 1940, às quais deram origem à Biblioteca Municipal Emílio Carlos Jordan, esta criada no ano de 1947. Sobre esta biblioteca a autora dedica todo o capítulo terceiro da obra.
E finalmente no capítulo 4 a autora descreve nos anos 1970 a criação da Biblioteca Pública Municipal Rui Barbosa, a qual existe até hoje na cidade de Jaraguá do Sul.
Para usar uma expressão da autora o “fio de Ariadne” desta obra parece ser o mesmo que está amarrado à porta do labirinto da formação de muitas bibliotecas espalhadas pelos municípios brasileiros em decorrência da legislação oriunda com a criação do Instituto Nacional do Livro.
Em todos os lugares antes da criação das bibliotecas existiam grupos de leitores, mais ou menos anônimos que intercambiavam seu interesse pela leitura, destes espaços para a criação da biblioteca dependeu, muitas vezes, a afinidade político partidária destes grupos com o partido que detinha o “mando político” na cidade ou região.
Disto decorre que boa parte das bibliotecas foram, por longos anos, como esta mesma de Jaraguá, joguete de interesses dos mandatários locais. Não obstante esta triste realidade e emprestando de outro autor a metáfora da Via Láctea a autora faz perceber que a biblioteca é mais uma estrela na constelação dos espaços de leitura disponíveis, embora nem sempre percebida e reconhecida em toda a dimensão do seu brilho para a totalidade do sistema.
Dentre as muitas funções da biblioteca na página 119 a autora cita uma frase da obra: Os livros são para ler, que descrevia o papel da pessoa responsável pela biblioteca com as seguintes palavras: “O encarregado deverá ter em mente o lema os livros existem para serem usados e que o importante é colocar em mão dos leitores os materiais de leitura de que precisam da forma mais rápida...”
Em síntese a expressão “Passadas cerca de três décadas, somam-se rupturas, instabilidades de ordem simbólica e material em prejuízo da instituição pública de leitura” (p. 136), pode ser aplicada a muitas outras iniciativas para a criação de bibliotecas nos municípios catarinenses fato também relatado por vários alunos da disciplina Bibliotecas: Espaços Históricos de Sociabilidade, 2015/2 UDESC – Florianópolis,  na atividade denominada “Uma versão do empírico”.
Roubando mais uma expressão da autora, “dito de outro modo” boa parte das bibliotecas catarinenses continuam deixando de cumprir a função para a qual foram criadas e que previa o manual de treinamento dos encarregados de bibliotecas publicado em 1997.
No que se refere reconhecer as bibliotecas como espaços de sociabilidade parece curioso observar que nos roteiros turísticos de Santa Catarina, é verdade que são abundantes, raramente se encontrará um que cite uma biblioteca como espaço a ser visitado.
Neste sentido esta obra é uma leitura obrigatória para todos quantos amam o livro e a leitura      e desejam conhecer melhor o processo como este “amigo” faz parte da vida e da sociedade catarinense.




[1] Aluno especial na disciplina Bibliotecas: Espaços Históricos de Sociabilidade, no programa de Pós- graduação em Educação 2015/2 UDESC nível doutorado.

BOM DIA SR. MANDELA...

RESENHA
Elcio Alberton[1]

LA GRANGE, Zelda. Bom dia Senhor Mandela. Tradução Felipe José Lindos. 1ª edição Ribeirão Preto, SP: Novo Conceito Editora, 2015. 416 páginas.

O livro organizado em quatro partes com treze capítulos é uma mescla de autobiografia da autora e da biografia do líder sul africano Nelson Mandela.  Escrito em 2014 originalmente em Inglês e publicado em português em 2015 pela Editora Novo Conceito. Edição bem apresentada, a capa e a contra capa são muito convidativas para a leitura. Na contra copa se lê um pensamento do Arcebispo Desmond Tutu, que enaltece o papel de Mandela como reconciliador da África do Sul.
Para compreender a obra é necessário conhecer um pouco da história do Apartheid que reinou na África do Sul entre 1944 e 1990. Nelson Mandela passou 27 anos na prisão tendo sido libertado em 1990 ganhou o prêmio Nobel da paz em 1993 e foi eleito presidente da África do Sul em 1994 a qual governou até 1999, é conhecido como Pai da moderna nação africana.
Zeldina, como faz questão de se reconhecer a secretária particular de Mandela e autora da obra, se apresenta como filha de uma família conservadora de classe média, branca, cristã fiel da Igreja Católica Anglicana e cidadã convicta que o regime do apartheid era o que havia de melhor para a nação africana.
Profissionalmente, era funcionária estatal do governo segracionista instalado na África e patrocinado pela Inglaterra desde 1948. Ela mesma se declara uma “Africâner” incapaz de conviver noutro sistema de governo. Sua função no estado era datilógrafa.
Para sua surpresa em 1994, quando Nelson Mandela assume o governo do país, ao contrário do que todos esperavam, Madiba (como era chamado) não fez nenhuma varredura ou distinção entre brancos e negros nos serviços estatais daquele país.
Zelda começa fazendo sua própria autobiografia, descreve o fim do apartheid e termina o capítulo 14 com uma expressão sem tradução para o português “tot weersiens, Khulu” no qual narra os últimos momentos da vida de Nelson Mandela.
Por sua condição de africâner jamais passaria por sua cabeça que um homem negro pudesse mudar suas convicções sociais, políticas e religiosas as quais cultivou até aquela etapa da vida.
No processo de formação do governo ex-apartheid, Zelda se candidatou para a vaga de datilógrafa no departamento administrativo, quando foi surpreendida por ninguém menos que a chefe de gabinete de Nelson Mandela recrutando uma pessoa com as suas habilidades para o gabinete do Presidente de quem depois se tornou secretária particular, confidente e leal servidora pelo resto da vida daquele que no final da vida foi premiado com o filme intitulado “Mandela - O caminho para a liberdade”.
A narração da sua “conversão” para uma nova África passa por compreender algumas realidades que antes não se dava conta entre elas o acesso à educação e a valorização dos profissionais da educação. Na página 110 ela descreve: “Lamentavelmente, o sistema educacional da África do Sul, mais especialmente nas áreas rurais, tende a falhar. Até hoje, esse é um dos maiores desafios que a África do Sul enfrenta: a Educação. O magistério é uma das profissões mais mal remuneradas, e, como resultado, deixou de atrair pessoas com paixão pelo trabalho...”
Uma das virtudes que ela reconhece em Mandela é a capacidade de não condenar as pessoas por aquilo que aconteceu ou permitiram que acontecesse, ele mesmo foi uma pessoa capaz de sempre assumir seus erros, e aplicava para si e para os demais a expressão: “Um santo é o pecador que nunca desisti” (p. 110).
Na mesma direção ela cita o episódio em que Nelson Mandela foi literalmente encurralado pela imprensa durante sua visita ao museu do Holocausto e forçado a opinar sobre o fato, sem hesitar Mandela afirma: “Foi uma tragédia o que aconteceu com a nação judaica, mas jamais se deve perder de vista o fato de que essa carga também é compartilhada pelo povo alemão. A atual geração de alemães sofre para ser livrar do estigma que teve de carregar como resultado desses eventos, pelos quais eles mesmos não podem ser considerados responsáveis neste momento” (p. 170).
Na mesma direção Zelda lembra o encontro do Ex-presidente com o primeiro ministro britânico sobre quem não se constrange em dizer que o povo sul africano derrotou o seu poderio, mas que esses fatos já não são mais relevantes nesta etapa da história.
Durante todo o livro a autora narra com detalhes as artimanhas e as segundas intenções apresentadas por muitos que se aproximam de grandes líderes da história, ao mesmo tempo em que ela aponta como Mandela foi sempre capaz de reconhecer todas essas situações sem deixar-se abater nem muitos menos compactuar com elas.
Aparece com clareza em toda a trajetória do líder negro e na sua relação com a autora que os grandes erros servem aprender arcar com as consequências sendo capaz de perdoar aqueles que estão envolvidos, porque estava convencida, como já havia escrito Mandela ainda na prisão: “Não fuja de seus problemas; enfrente-os! Porque, se não lidar com eles, sempre estarão com você” (p. 206).
Estes ensinamentos Zelda afirma ter carregado por toda a vida, o livro é uma intrigante viagem pela Moderna África do sul que embora tenha vencido o regime do Apartheid ainda espera que o legado de Khulu, ainda se concretize no sonho de uma nação mais justa e igualitária para todos.
É uma obra de valor inestimável para quem pretende conhecer in loco o que é descrito e para quem apenas quer conhecer melhor o poder de uma pessoa que sabe perdoar e começar na certeza de que é importante ter a certeza de que o que quer que se faça seja feito com a consciência de sempre ter feito o melhor.




[1] Aluno especial na disciplina Bibliotecas: Espaços Históricos de Sociabilidade, no programa de Pós- graduação em Educação 2015/2 UDESC nível doutorado.

terça-feira, 24 de novembro de 2015

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CULTURA DIGITAL

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CULTURA DIGITAL
UFSC/MEC  2014/2 – 2015/2
MODALIDADE A DISTÂNCIA
                                           CURSISTA: ELCIO ALBERTON      
DISCIPLINA: PLAC 3
ESCOLA: EEB PROFESSORAª ADELINA RÉGIS – VIDEIRA – SC


AVALIANDO A EXPERIÊNCIA

“Metodologia interdisciplinar postula uma reformulação generalizada das estruturas de ensino das disciplinas científicas, na medida em que coloca em questão não somente a pedagogia de cada disciplina, mas também o papel do ensino pré-universitário, bem como o emprego que se faz dos conhecimentos psicopedagógicos adquiridos”.
Em 2014 a Secretaria de Estado da Educação de Santa Catarina realizou um amplo processo de atualização da Proposta Curricular para o ensino básico. O processo teve como meta: Estabelecer o currículo para a educação básica, a partir dos eixos teórico metodológicos da Proposta Curricular de Santa Catarina, com abordagens transversais e dimensão interdisciplinar, num processo coletivo de construção do conhecimento, envolvendo educadores de Santa Catarina”
Esta ação ainda não logrou êxito nem tampouco faz parte do cotidiano da educação básica em Santa Catarina e isso se deve a vários fatores, mas certamente um deles é o que expressa o pensamento em epígrafe, ou seja, a interdisciplinaridade só irá acontecer quando for estabelecida uma reformulação geral das estruturas de e ensino/aprendizagem.
No que se refere a avaliação da atividade realizada para esta ação que faz parte do PLAC3 no curso de Pós-Graduação em Cultura Digital é possível descrever da seguinte maneira tendo presente o foco indicado na própria ação:
1)                 O processo de realização das entrevistas a partir dos conceitos sobre os quais se desejava que os alunos pudessem se apropriar permitiu perceber que houve pequena mas significativa integração disciplinar, pois cada um dos participantes na entrevista respondeu a mesma questão sob a ótica da sua área temática sem contudo deixar de perceber o todo a que dizia respeito as abordagens apresentadas pelos alunos entrevistadores.
2)                 Como toda atividade coletiva esta também exigia o estabelecimento de diálogo sobre as diferenças, as especificidades e coincidências das distintas áreas do conhecimento. Nem todos os professores tem a coragem de expor suas posições, interpretações, convicções e conceitos sobre questões polêmicas. No caso deste trabalho alguns professores foram reticentes na participação alegando que se sentiam ameaçados na sua privacidade à medida que responderam questões diante da “câmera do aparelho celular”. Curiosamente os mesmos personagens não tem nenhum receio de ameaça a individualidade quando se expõe nas redes sociais com afirmações pouco exigentes no que se refere à capacidade de pensar e produzir saberes.
3)                 Integrar as TDIC com a educação é um desafio que está longe de ser vencido, sobretudo, porque o próprio conceito de TDIC não é claro para as escolas com suas estruturas de ensino e aprendizagem. Nossa experiência e opinião sobre o trabalho realizado no curso de pós graduação em Cultura Digital no cotidiano da nossa escola exige primeiro clarear ao corpo docente e gestor da escola a necessidade de quebrar paradigmas e estabelecer novos processos de relação com as tecnologias que são utilizadas de sobejo pelos estudantes de maneira pouco construtiva.
Facilmente a escola nivela pela lei do menor esforço, mantendo as coisas como sempre foram feitas o que lhes garante a zona de conforto.
Os recursos disponíveis nas escolas seriam suficientes para que fossem estabelecidas práticas de integração pedagógica. 
A título de tentar responder a ação anexamos abaixo o texto que produzimos como relato final para o núcleo específico de filosofia sobre a ação 3 da atividade 1.

II – IDENTIDADE E RECONSTRUÇÃO DA
AUTOIMAGEM NA CULTURA DIGITAL
Identidades dos alunos e alunas

                                              
A atividade que foi realizada de forma interdisciplinar envolveu onze turmas do Ensino Médio Inovador na Escola de Educação Básica Professora Adelina Régis na cidade de Videira – SC. No total foram mais de 250 alunos do primeiro ao terceiro ano do ensino médio, organizados em grupos de até 4 pessoas e orientados pelo professor de Filosofia no 4º bimestre de 2015. 
Neste bimestre um dos objetivos do curso para o período é facilitar aos alunos a apropriação dos conceitos de Direitos Humanos, de Pessoa Humana e de Identidade Humana. O plano de curso não foi pensado para coincidir com o conteúdo previsto no Curso de Cultura Digital no Núcleo Específico de Filosofia e relacionando-se com o PLAC3, foi uma feliz coincidência que os tempos tenham se comungados.
Conforme descrito no encaminhamento da atividade o professor propôs aos alunos realizar entrevistas com duas pessoas sobre os conceitos previstos registrando-as em vídeo. Na entrevista seria sugerido ao entrevistado responder às seguintes perguntas: Quem é o Ser Humano para Você? Quem é você é? (Questões sociológicas, antropológicas, emocionais, psico afetivas); O que você entende por identidade? Com quem o que você se identifica? Baseado em que você construiu sua identidade? Ao final da atividade foram realizados 16 vídeos com que entrevistaram 32 pessoas.
A intenção era ouvir dos jovens a maneira como os entrevistados fazem o LINK da sua identidade com o espaço digital. Embora tivéssemos provocado os alunos forçando-os a realizar entrevistas com registro digital e a devida edição do trabalho o resultado foi muito aquém do desejado. Volta a se repetir o que já dissemos desde o início do nosso curso: Nossa escola não fez opção por intervenções digitais no cotidiano da escola e como uma ferramenta de aprendizado.
Estamos há pouco mais de um ano de quando foi realizada a pesquisa sobre a compreensão de cultura digital. Embora a prática de usar esta tecnologia tenha se multiplicado de forma geométrica o conceito e as razões para o seu uso estão longe de ser compreendidas como oportunidade e espaço para produção e socialização de saberes.
O objetivo da disciplina de filosofia não é mais do que a redação particularizada do objetivo da escola, o qual por sua vez, reza que a função da escola é formar cidadãos críticos, responsáveis e capazes de intervir na sociedade visando transformá-la em uma sociedade madura e crítica. Dos dezesseis vídeos produzidos aproveitamos 4 deles para socializar no curso de Cultura Digital, os resultados estão longe do que se deseja para atividades desta natureza.
O que mais chamou a atenção foi a própria direção da escola questionar o professor cobrando explicações deste sobre a atividade, a qual embora prevista no plano de curso aprovado pelo setor pedagógico da escola no início do ano e mesmo sabendo que a atividade faz parte das atividades do Curso de Pós-Graduação em Cultura Digital do qual estamos participando indicados pela escola no ano de 2014.
Diante deste quadro nos deparamos com alunos que costumam fazer trabalhos muito significativos e com desenvoltura utilizam recursos tecnológicos, realizarem esta atividade com qualidade duvidosa e empenho pífio na consecução da mesma.
Chamou-nos a atenção também que algumas pessoas entrevistadas, que mesmo não fazendo parte da comunidade escolar e que nem sequer tem o ensino fundamental completo tenham respondido as questões com desenvoltura e sem preconceitos. Claro que nem todas as pessoas entrevistadas tem clareza sobre o conjunto das perguntas ou mesmo sobre a questão da identidade. A questão identitária é um problema antigo no que se refere a resposta para este problema no âmbito da filosofia. Esta fragmentação não é algo novo e isso se deve a falta de conhecimento filosófico dos conceitos referenciados.