terça-feira, 24 de novembro de 2015

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CULTURA DIGITAL

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CULTURA DIGITAL
UFSC/MEC  2014/2 – 2015/2
MODALIDADE A DISTÂNCIA
                                           CURSISTA: ELCIO ALBERTON      
DISCIPLINA: PLAC 3
ESCOLA: EEB PROFESSORAª ADELINA RÉGIS – VIDEIRA – SC


AVALIANDO A EXPERIÊNCIA

“Metodologia interdisciplinar postula uma reformulação generalizada das estruturas de ensino das disciplinas científicas, na medida em que coloca em questão não somente a pedagogia de cada disciplina, mas também o papel do ensino pré-universitário, bem como o emprego que se faz dos conhecimentos psicopedagógicos adquiridos”.
Em 2014 a Secretaria de Estado da Educação de Santa Catarina realizou um amplo processo de atualização da Proposta Curricular para o ensino básico. O processo teve como meta: Estabelecer o currículo para a educação básica, a partir dos eixos teórico metodológicos da Proposta Curricular de Santa Catarina, com abordagens transversais e dimensão interdisciplinar, num processo coletivo de construção do conhecimento, envolvendo educadores de Santa Catarina”
Esta ação ainda não logrou êxito nem tampouco faz parte do cotidiano da educação básica em Santa Catarina e isso se deve a vários fatores, mas certamente um deles é o que expressa o pensamento em epígrafe, ou seja, a interdisciplinaridade só irá acontecer quando for estabelecida uma reformulação geral das estruturas de e ensino/aprendizagem.
No que se refere a avaliação da atividade realizada para esta ação que faz parte do PLAC3 no curso de Pós-Graduação em Cultura Digital é possível descrever da seguinte maneira tendo presente o foco indicado na própria ação:
1)                 O processo de realização das entrevistas a partir dos conceitos sobre os quais se desejava que os alunos pudessem se apropriar permitiu perceber que houve pequena mas significativa integração disciplinar, pois cada um dos participantes na entrevista respondeu a mesma questão sob a ótica da sua área temática sem contudo deixar de perceber o todo a que dizia respeito as abordagens apresentadas pelos alunos entrevistadores.
2)                 Como toda atividade coletiva esta também exigia o estabelecimento de diálogo sobre as diferenças, as especificidades e coincidências das distintas áreas do conhecimento. Nem todos os professores tem a coragem de expor suas posições, interpretações, convicções e conceitos sobre questões polêmicas. No caso deste trabalho alguns professores foram reticentes na participação alegando que se sentiam ameaçados na sua privacidade à medida que responderam questões diante da “câmera do aparelho celular”. Curiosamente os mesmos personagens não tem nenhum receio de ameaça a individualidade quando se expõe nas redes sociais com afirmações pouco exigentes no que se refere à capacidade de pensar e produzir saberes.
3)                 Integrar as TDIC com a educação é um desafio que está longe de ser vencido, sobretudo, porque o próprio conceito de TDIC não é claro para as escolas com suas estruturas de ensino e aprendizagem. Nossa experiência e opinião sobre o trabalho realizado no curso de pós graduação em Cultura Digital no cotidiano da nossa escola exige primeiro clarear ao corpo docente e gestor da escola a necessidade de quebrar paradigmas e estabelecer novos processos de relação com as tecnologias que são utilizadas de sobejo pelos estudantes de maneira pouco construtiva.
Facilmente a escola nivela pela lei do menor esforço, mantendo as coisas como sempre foram feitas o que lhes garante a zona de conforto.
Os recursos disponíveis nas escolas seriam suficientes para que fossem estabelecidas práticas de integração pedagógica. 
A título de tentar responder a ação anexamos abaixo o texto que produzimos como relato final para o núcleo específico de filosofia sobre a ação 3 da atividade 1.

II – IDENTIDADE E RECONSTRUÇÃO DA
AUTOIMAGEM NA CULTURA DIGITAL
Identidades dos alunos e alunas

                                              
A atividade que foi realizada de forma interdisciplinar envolveu onze turmas do Ensino Médio Inovador na Escola de Educação Básica Professora Adelina Régis na cidade de Videira – SC. No total foram mais de 250 alunos do primeiro ao terceiro ano do ensino médio, organizados em grupos de até 4 pessoas e orientados pelo professor de Filosofia no 4º bimestre de 2015. 
Neste bimestre um dos objetivos do curso para o período é facilitar aos alunos a apropriação dos conceitos de Direitos Humanos, de Pessoa Humana e de Identidade Humana. O plano de curso não foi pensado para coincidir com o conteúdo previsto no Curso de Cultura Digital no Núcleo Específico de Filosofia e relacionando-se com o PLAC3, foi uma feliz coincidência que os tempos tenham se comungados.
Conforme descrito no encaminhamento da atividade o professor propôs aos alunos realizar entrevistas com duas pessoas sobre os conceitos previstos registrando-as em vídeo. Na entrevista seria sugerido ao entrevistado responder às seguintes perguntas: Quem é o Ser Humano para Você? Quem é você é? (Questões sociológicas, antropológicas, emocionais, psico afetivas); O que você entende por identidade? Com quem o que você se identifica? Baseado em que você construiu sua identidade? Ao final da atividade foram realizados 16 vídeos com que entrevistaram 32 pessoas.
A intenção era ouvir dos jovens a maneira como os entrevistados fazem o LINK da sua identidade com o espaço digital. Embora tivéssemos provocado os alunos forçando-os a realizar entrevistas com registro digital e a devida edição do trabalho o resultado foi muito aquém do desejado. Volta a se repetir o que já dissemos desde o início do nosso curso: Nossa escola não fez opção por intervenções digitais no cotidiano da escola e como uma ferramenta de aprendizado.
Estamos há pouco mais de um ano de quando foi realizada a pesquisa sobre a compreensão de cultura digital. Embora a prática de usar esta tecnologia tenha se multiplicado de forma geométrica o conceito e as razões para o seu uso estão longe de ser compreendidas como oportunidade e espaço para produção e socialização de saberes.
O objetivo da disciplina de filosofia não é mais do que a redação particularizada do objetivo da escola, o qual por sua vez, reza que a função da escola é formar cidadãos críticos, responsáveis e capazes de intervir na sociedade visando transformá-la em uma sociedade madura e crítica. Dos dezesseis vídeos produzidos aproveitamos 4 deles para socializar no curso de Cultura Digital, os resultados estão longe do que se deseja para atividades desta natureza.
O que mais chamou a atenção foi a própria direção da escola questionar o professor cobrando explicações deste sobre a atividade, a qual embora prevista no plano de curso aprovado pelo setor pedagógico da escola no início do ano e mesmo sabendo que a atividade faz parte das atividades do Curso de Pós-Graduação em Cultura Digital do qual estamos participando indicados pela escola no ano de 2014.
Diante deste quadro nos deparamos com alunos que costumam fazer trabalhos muito significativos e com desenvoltura utilizam recursos tecnológicos, realizarem esta atividade com qualidade duvidosa e empenho pífio na consecução da mesma.
Chamou-nos a atenção também que algumas pessoas entrevistadas, que mesmo não fazendo parte da comunidade escolar e que nem sequer tem o ensino fundamental completo tenham respondido as questões com desenvoltura e sem preconceitos. Claro que nem todas as pessoas entrevistadas tem clareza sobre o conjunto das perguntas ou mesmo sobre a questão da identidade. A questão identitária é um problema antigo no que se refere a resposta para este problema no âmbito da filosofia. Esta fragmentação não é algo novo e isso se deve a falta de conhecimento filosófico dos conceitos referenciados.








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