sexta-feira, 4 de novembro de 2011

ENXARCADOS DE AMOR...


Caro(a)  professor(a), tomo a liberdade de parafrasear o texto “A paixão nacional” escrito por Eugênio Mussak e publicado pela Revista Você s/a nº96, 01/06/2006.
Convido-lhe  a reescrevê-lo assim:

PAIXÃO PELA EDUCAÇÃO...
Em épocas de grandes mudanças, vivemos também grandes preocupações!
A cada novo ano o(a) profissional da docência sente-se chamado a interpretar novas diretrizes emanadas das gerências de educação e algumas vezes da própria sociedade. Obviamente trata-se de aceitá-las ou não aceitá-las, muito mais coerente se é  aceitando-as  e fazendo isso com paixão.
Entenda-se por apaixonado, alguém capaz de trabalhar com comprometimento total, e dar o melhor de si pelos objetivos da educação. Um educador apaixonado é aquele cujos olhos brilham quando a escola tem sucesso e enfurece-se quando ela perde alunos e qualidade. Neste caso, sente como se fosse uma ofensa pessoal, então empenha-se inteiramente e não mede esforços para reverter a situação. O apaixonado sofre com o sofrimento da amada e se alegra com seu sucesso, por isso não tolera quedas de rentabilidade e vibra com o êxito crescente.
Por outro lado, temos que aceitar a responsabilidade que vem junto com as paixões desenvolvidas. Docentes  apaixonados são exigentes e não gostam de situações estáveis. Querem a evolução da escola em ritmo sempre crescente. São irrequietos, insatisfeitos, preocupados. Não entendem os que se acomodam na arte de educar sem buscar alternativas e novas possibilidades. Os apaixonados se doam mas exigem ser ouvidos, querem melhores condições de trabalho, novos desafios, mais responsabilidades. São empreendedores, autônomos e inovadores. São curiosos, transgressores e, às vezes, insolentes.
Apesar disso, queremos professores apaixonados, porque é deles que nasce a vida nova, o brilho da criação, a poesia do sucesso. Estamos dispostos a ser incomodados pelos apaixonados porque eles nos tiram da zona de conforto e nos empurram para novos caminhos. Preferimos o risco de sermos contrariados por um apaixonado ao risco de vermos nossas ordens serem meramente acatadas por um acomodado.
A direção da escola precisa  decidir e se propor a desenvolver a competência e investir tempo e talento dos docentes no sentido de conseguir um grupo de professores apaixonados, porque estes serão os que lhes ajudarão a ter uma escola nova a cada ano que começa.
Pode ser que, como disse o poeta, a paixão é um fogo que consome por dentro, mas também é a luz que ilumina o dia e dá sentido à vida. É ótimo ter – e ajudar a ter – paixões por ideias, tarefas, missões e causas. Afinal, uma escola sem paixões seria como uma Copa do Mundo sem a seleção brasileira. Dá pra imaginar?
Elcio Alberton[1]








[1] Padre Católico e professor na rede estadual de Santa Catarina

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